14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

O Impacto Do Transplante Hepático Na Sobrevida Do Paciente Com Síndrome Hepatorrenal

Fundamentação/Introdução

A síndrome hepatorrenal (SHR) caracteriza-se por deterioração da função renal em pacientes com insuficiência hepática, não é associada a alterações histológicas significativas e por isso é considerada um quadro funcional e a insuficiência renal é reversível após transplante hepático;

Objetivos

Relatar caso de paciente com doença hepática avançada que evolui com SHR, evidenciando a pouca resposta terapêutica diante do tratamento clínico e ressaltando a importância do transplante de fígado;

Delineamento/Métodos

MRBS, feminina, 65 anos, etilista crônica, refere quadro de vertigem e sincope, associado a vômitos com restos alimentares, hematêmese e epistaxe. Ultrassonografia mostrou sinais de hepatopatia crônica e ascite moderada, tomografia de abdome sugestiva de cirrose, endoscopia digestiva alta evidenciando varizes esofágicas sem sinal de sangramento.

Resultados

Paciente hipoativa, hipocorada, desidratada, murmúrio vesicular diminuído difusamente com estertores bolhosos em bases, abdome globoso, piparote positivo, dor à palpação difusamente, edema em membros inferiores, além de piora da função renal, solicitado parecer para a nefrologia que sugeriu suspensão de diurético, acrescentou albumina, para expansão volêmica, e terlipressina, conforme protocolo de SHR. Paciente foi admitida na unidade de terapia intensiva (UTI) após reversão de parada cardiorrespiratória, pressão de 70x40 mmHg, MDRD de 34,5. Realizou ecocardiograma, que evidenciou derrame pleural bilateral com grumos, na suspeita de pneumonia, iniciou-se antibioticoterapia e solicitou broncoscopia com lavado broncoalveolar; Realizado paracentese de alívio para ascite de grande volume, encaminhado para citologia com suspeita de peritonite bacteriana espontânea. Paciente evoluiu com sepse, apresentando hipotermia, diurese protraída, instabilidade hemodinâmica, piora da função renal, leucocitose, plaquetopenia, icterícia, sangramento espontâneo em nariz e cavidade oral, episódios de melena, acidose metabólica, anasarca, pele fria, bradicárdica. Evoluiu à óbito por choque séptico.

Conclusões/Considerações finais

Mesmo com o tratamento clínico recomendado o prognóstico da síndrome hepatorrenal ainda se mostra sombrio, com deterioração aguda do quadro clínico do paciente, evidenciando-se a importância do transplante de fígado, que pode reverter o quadro, uma vez que a síndrome não é associada a alterações histológicas significativas

Palavras Chaves

Cirrose Hepática; Síndrome Hepatorrenal; Transplante Hepático

Área

Clínica Médica

Autores

Raiane Braga Milhomem, Mateus Carvalho Mota, Thaua Rodrigues Rocha, Gilfranklin Silva Queiroz Fontes, Selva Rios Carvalho de Morais