14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico e de resistência bacteriana dos pacientes internados por pielonefrite aguda em um hospital no Sul do Brasil

Fundamentação/Introdução

As infecções do trato urinário acometem cerca de 150 milhões de pessoas anualmente no mundo e 14% dos casos requer tratamento hospitalar. Nas pielonefrites agudas (PNA) este número pode ser maior (27%), sendo que o tratamento empírico hospitalar deve ser baseado na resistência bacteriana local.

Objetivos

Investigar a susceptibilidade bacteriana e as características clinico-demográficas dos pacientes internados por PNA em um hospital de Curitiba.

Delineamento/Métodos

O estudo quantitativo, observacional e transversal incluiu o universo de pacientes adultos internados por PNA entre setembro de 2015 e agosto de 2016 (N=86). Os dados demográficos, clínicos e de exames complementares foram extraídos de prontuários eletrônicos.

Resultados

As mulheres foram as mais acometidas na proporção 3:1, e a idade de maior acometimento foi entre 31 e 40 anos - menor que a encontrada nos homens (61 a 70 anos). As alterações laboratoriais mais frequentes foram hematúria (65,4%) leucocitúria (61,7%), leucocitose (60,5%) e proteinúria (46,9%). O principal agente isolado em urocultura foi a Escherichia coli (E. coli) (79,1%), seguida de outras enterobactérias (18,6%) e Pseudomonas aeruginosa (2,3%). As drogas mais utilizadas empiricamente foram ceftriaxona (76,5%), cefepima (8,2%) e ciprofloxacina (5,9%). A E. coli mostrou baixa resistência a estes antibióticos (5,9 a 12,1%), enquanto as demais espécies isoladas apresentaram maior resistência (>62,5%). A E. coli não teve resistência à amicacina e carbapenêmicos, e as demais bactérias tiveram resistência variada (22,2 a 66,7%). Estas bactérias, em 55,6% dos casos, eram resistentes a quase todas as classes testadas, exceto por uma ou duas classes. O tratamento empírico foi efetivo contra a bactéria isolada em 80% das vezes. Não houve nenhum óbito e todos os pacientes evoluíram para alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

Mulheres corresponderam a 3 em cada 4 casos, com pico de incidência entre 31 a 40 anos. Hematúria, leucocitúria e leucocitose estavam presentes em mais de 60%. E. coli predominou em 79,1%. A resistência às FQs e às cefalosporinas variou entre 5,9 e 12,1% para a E. coli e entre 62,5 e 75% para as demais bactérias. A E. coli não apresentou resistência à amicacina e carbapenêmicos e as demais bactérias apresentaram resistência variada (22,2 a 66,7%).

Palavras Chaves

Pielonefrite. Internamento. Epidemiologia. Resistência bacteriana. Antibióticos. Tratamento empírico. Mortalidade.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade Evangélica do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Bernardo May Gomel, Giovanna Tonello Bolsi, Renato Mitsunori Nisihara