14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

RASTREAMENTO DE DISLIPIDEMIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 6 A 15 ANOS EM ESCOLAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DO MUNICÍPIO DE MONTE NEGRO-RO

Fundamentação/Introdução

A ocorrência de dislipidemia em crianças no Brasil ainda é um fenômeno pouco estudado de uma maneira geral, principalmente quando se trata da população Amazônica. Assim, faz-se necessário entender suas causas e associações com o processo de envelhecimento e suas doenças crônicas não transmissíveis.

Objetivos

Estimar a prevalência de dislipidemia entre crianças e adolescentes de 6 a 15 anos em escolas estaduais e municipais no município de Monte Negro no Estado de Rondônia, bem como, seus possíveis fatores de risco e propor uma estratégia de intervenção.

Delineamento/Métodos

Estudo de prevalência com amostra randômica.

Resultados

Dos 499 indivíduos estudados, 200 (40%) possuíam alteração no perfil lipídico, com prevalência de 400,8 /1000 escolares (IC 95% 358 - 444 casos/ 1000 estudantes), desses, 162 (81%) eram do sexo feminino e 38 (19%) do sexo masculino, com x² de Yates P=0,0000001 e Razão de Prevalência(RP) de 3,53 (IC95% 2,60-4,79) para o sexo feminino. Houve predominância do sexo feminino com 265 (54%) escolares, e a média de idade foi de 10,6 anos (DP±2,6). A maioria dos escolares possuíam etnia parda (63,51%) e renda familiar de até R$ 1000 (49,28%). A média de colesterol encontrada entre os escolares foi de 134,4 mg/dl (DP ± 26,12 mg/dl). O nível médio de triglicerídios foi de 69,8mg/dl (DP ± 24,9 mg/dl). A média de HDL foi de 48,6 mg/dl (DP± 10,9mg/dl) e o nível médio de LDL foi de 71,49 mg/dl (DP ± 23,83 mg/dl). Quando classificados por lipoproteínas, os escolares com alteração no colesterol total tiveram percentual de 1,2% para o sexo feminino e 0,6% para o masculino, já o Triglicerídio apresentou 1,8% e 1,2%, HDL 30,7% e 7%, LDL 1,8% e 0,4% para o sexo feminino e masculino, respectivamente. A prevalência hipertensão arterial sistêmica também teve associação positiva quando comparada com dislipidemia, tendo uma prevalência de 358,4/1.000 escolares(IC 95% 317,3-401,8/1000 estudantes) e x² corrigido de Yates P= 0,01362, RP 1,58 (IC 95%1,08-2,32).

Conclusões/Considerações finais

Encontrou-se elevada prevalência de dislipidemia entre os escolares, sendo essa alteração mais evidente no sexo feminino, e houve uma associação entres portadores de dislipidemia quando relacionados com histórico de obesidade, dislipidemia familiar e hipertensão familiar. Portanto medidas de intervenção devem ser tomadas imediatamente para que possam ser evitados o agravamento de condições de saúde desta população, como por exemplo aumento de atividade física nas escolas a alteração do cardápio escolar.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal-FACIMED - Rondônia - Brasil

Autores

Diego da Silva Lima, Juliana de Souza Almeida Aranha, Tallita Beatriz Zamarchi, Leo Christyan Alves de Lima, Luís Marcelo Aranha Camargo