14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ANGIOMATOSE BACILAR DE VAGINA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: UM CASO RARO.

Fundamentação/Introdução

A angiomatose bacilar é uma doença infecciosa oportunista causada pela Bartonella henselae em indivíduos imunossuprimidos. Sua incidência em imunocompetentes é desconhecida devido raridade dos casos, possuindo relatos de acometimento cutâneo e linfático.

Objetivos

Relatar caso de paciente jovem previamente hígida com diagnóstico de angiomatose bacilar em parede lateral da vagina.

Delineamento/Métodos

Mulher, 30 anos, sexo feminino, sem comorbidades ativas, com história de exposição a animais; refere há 2 anos quadro de dor abdominal tipo cólica e leucorreia amarelo-escuro, em grande quantidade, fluida, sem odor e prurido, de caráter contínuo. Há 1 ano, paciente apresentou piora do quadro com episódios de febre não aferida, com calafrios e sudorese, 2 episódios de polaciúria, noctúria e disúria. Relata também menometrorragia contínua com eliminação de coágulos, em quantidade semelhante a uma menstruação (20 a 80 ml) por 2 meses conseguintes. Ademais, afirma perda de peso ponderal de 17 kg em 6 meses acompanhado de inapetência, enjoos, vômitos e náuseas. Ao exame físico geral, sem presença de lesões cutâneas, linfonodomegalias e visceromegalias. Ao exame ginecológico, lesão vegetante friável, firme, de limites demarcados, localizada predominante às 4h em parede lateral esquerda da vagina, medindo 3 cm em seu maior diâmetro.

Resultados

A hipótese de angiomatose bacilar foi confirmada através da histopatologia da lesão com a coloração de prata Warthin-Starry, o qual revela cocobacilos escuros no interior dos macrófagos e agregados bacterianos no interstício celular. O tratamento proposto foi eritromicina 500 mg 12/12h por 3 semanas, porém a paciente realizou tomada do medicamento por apenas 5 dias. Após 1 semana da parada de medicação, paciente retorna apresentando melhora do quadro com diminuição da lesão e da leucorreia.

Conclusões/Considerações finais

A angiomatose bacilar deve ser mantida em mente no diagnóstico diferencial de lesões vegetantes de vagina em casos de etiologia desconhecida e também em pacientes imunocompetentes HIV negativos.

Palavras Chaves

Angiomatose bacilar; bartonella; imunocompetente; vagina; eritromicina.

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL ADVENTISTA DE MANAUS - Amazonas - Brasil, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS - Amazonas - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - Amazonas - Brasil

Autores

ROBERTO FERNANDES SOARES NETO, MARIA RISELDA VINHOTE DA SILVA, LARISSA SOARES RIBEIRO, JEROCÍLIO MACIEL DE OLIVEIRA JÚNIOR, DANIEL MORAES SILVA