14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA, VISTA PELA PSIQUIATRIA

Fundamentação/Introdução

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é a forma mais comum de doença progressiva do neurônio motor, é essencial para o diagnostico o envolvimento simultâneo dos neurônios motores superiores e inferiores com fraqueza progressiva, preserva as funções sensorial, vesical, intestinal e cognitiva,e exclusão de outras doenças.A progressão é inexorável e leva ao óbito por paralisia respiratória, a causa de ELA esporádica, não é bem definida.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente acometido por ELA e o processo de aceitação da doença

Delineamento/Métodos

Relato de Caso

Resultados

PR, 55 anos, masculino, pedreiro, com episódio súbito de dispneia com resolução espontânea em quinze minutos , procurou o PS dia, tinha ainda relato de paresia em MMSS e posteriormente MMII com piora progressiva há 2 anos. Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, foi encaminhada para UTI, apresentou piora do padrão respiratório e está em ventilação mecânica (VM). Na UTI iniciou amitriptilina 150mg uma semana após ser informado do prognostico da doença porque além de dores em membros inferiores estava choroso e com humor deprimido, 2dias depois apresentou efeitos colaterais da medicação e a dose foi diminuída para 100mg.Na interconsulta psiquiátrica paciente estava com humor deprimido e chorava quando falava sobre a doença, referiu nunca ter tido nenhum episódio prévio de depressão. Não tinha pensamentos sobre morte e em nenhum momento se mostrou desesperançoso. Conta que antes de ter o diagnóstico não apresentava nenhum sintoma depressivo, trabalhava como pedreiro e tinha boas relações interpessoais, negou etilismo e ex-tabagista. Os familiares tiveram dificuldade de aceitar o prognóstico e tinham sempre esperança de que ele melhoraria.

Conclusões/Considerações finais

Nenhum tratamento detém o processo patológico subjacente da ELA, até hoje, porém existem alguns estudos a respeito. A depressão está muito relacionada a ELA devido a grande incapacidade física causada pela doença em adultos jovens, preservando a cognição, nesse caso, como o tempo de progressão da doença foi curto deve ser considerado diagnostico diferencial de transtorno de adaptação.

Palavras Chaves

Esclerose Lateral Amiotrófica, ELA, depressão, humor deprimido

Área

Clínica Médica

Autores

Luana Oliveira Jost, Lorena Leal de Castro, Janine Margutti Lançanova, Enyana Ceolin Lamego, Rafael Albuquerque de Carvalho