14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

PIELONEFRITE ENFISEMATOSA EM DOENTE POLICÍSTICO

Fundamentação/Introdução

A pielonefrite enfisematosa (PE) é uma infecção renal aguda, de caráter necrotizante, potencialmente letal, causada por bactérias E. coli seguida por Pseudomonas aeruginosa e Klebisiella com presença de gás no parênquima renal e adjacências. É mais comum em mulheres e tem alta correlação com diabetes mellitus (DM) (80%) e obstrução do trato urinário (40%).

Objetivos

.

Delineamento/Métodos

S.C.B, masculino, 60 anos, hipertenso e não diabético, em hemodiálise desde 2009 devido a glomerulonefrite crônica e rins policísticos bilaterais. Foi admitido, no dia 11 de dezembro de 2016 para realização de transplante renal, procedimento sem intercorrências. Evoluiu estável, porém apresentando descontrole glicêmico importante, em insulinoterapia, sendo, posteriormente, estabelecido o diagnóstico de diabetes mellittus pós transplante induzida por imunossupressão (NODAT). No 6o dia pós operatório necessitou de hemodiálise por uremia e acidose metabólica grave, além do diagnóstico de fístula urinária, sendo submetido à cirurgia de reimplante uretral, passagem de cateter duplo J e biópsia do rim enxerto que apontou necrose tubular aguda. Após o procedimento evoluiu com bacteremia e foi ampliado antibioticoterapia , recebendo alta após fim do esquema, com hemodiálise regular. Após 51 dias do transplante, paciente retornou ao serviço com história de dor em fossa ilíaca esquerda e calafrios sem febre. A tomografia computadorizada de abdome e pelve demonstrou presença de gás no rim esquerdo nativo e rim transplantado com boa captação de contraste. Interrogou-se o diagnóstico de PE o que levou ao tratamento clínico, sem resposta.Optou-se pela realização da nefrectomia aberta do rim nativo, sem intercorrências. Uma vez que o paciente não apresentava melhora da função renal e mantinha-se em hemodiálise regular, realizou-se nova biópsia do enxerto, que evidenciou necrose isquêmica e hemorrágica, vasos com necrose da parede e trombos de fibrina, sendo assim, o paciente foi encaminhado para detransplante renal.

Resultados

O tratamento da PE consiste em estabilização, antibiótico, controle glicêmico e avaliar a função renal. A conduta subseqüente deve ser a escolha entre antibioticoterapia isolada, associada a nefrectomia ou a drenagem percutânea, já que a conduta mais adequada ainda é controversa. No caso relatado, não havia evidências de qual a melhor conduta a ser seguida e, em vista disso, a equipe optou pela nefrectomia devido as condições clínicas do paciente.

Conclusões/Considerações finais

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Palavras Chaves

pielonefrite-enfisematosa

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Evangélico de Londrina - Paraná - Brasil

Autores

Leonardo Giovanini Rossetto, Raquel Ferreira Nassar Frange, Luiz Fernando Kunii, Maisa Monseff Rodrigues da Silva, Nathalia de Oliveira Westphalen