14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Evolução crônica e grave da gota tofácea em paciente sem tratamento: relato de caso

Fundamentação/Introdução

A gota é uma artropatia microcristalina decorrente de hiperuricemia e depósito de cristais de monourato de sódio (MUS) em diversos tecidos. A gota tofácea crônica constitui um estágio clínico tardio, com aparecimento de tofos (tumefações grosseiras formadas por depósitos de cristais de MUS) em diversos órgãos, mais comumente em articulações, limitando a mobilidade articular.

Objetivos

Descrever um quadro de gota tofácea crônica de evolução grave em um paciente sem tratamento.

Delineamento/Métodos

Relato de caso

Resultados

Descrição do caso: Homem de 57 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica, etilista de longa data, iniciou quadro de artrite intermitente em 1º pododáctilo esquerdo há cerca de 15 anos, o qual, ao longo dos anos, progrediu para outras articulações – tornozelos, joelhos, cotovelos e punhos, além do surgimento de nódulos subcutâneos em superfícies extensoras dessas articulações. Realizada exérese cirúrgica dos nódulos, havendo recidiva. Paciente atendido no ambulatório de Reumatologia pela primeira vez após 15 anos do quadro inicial, apresentando poliartrite em punhos, cotovelos, ombros, joelhos, tornozelos e pés, com limitação da mobilidade dos ombros, cotovelos, punhos e tornozelos, além de tofos volumosos em algumas das articulações. Exames laboratoriais evidenciavam ácido úrico elevado (8,4 mg/dL – VR<7 mg/dL) e radiografias das articulações mostravam geodos, erosões ósseas em “saca-bocado” e destruição articular com anquilose em articulações. Realizado diagnóstico de gota tofácea crônica, poliarticular e erosiva, sendo prescrito colchicina, prednisona e alopurinol.

Conclusões/Considerações finais

Pacientes portadores de gota com evolução prolongada, na ausência de tratamento clínico, evoluem para um quadro grave e incapacitante, afetando negativamente sua qualidade de vida. Portanto, o tratamento adequado deve ser iniciado de forma precoce após a confirmação do diagnóstico, prevenindo as comorbidades e favorecendo um melhor prognóstico do quadro clínico.

Palavras Chaves

gota, tofos subcutâneos, artrite inflamatória

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba - Paraíba - Brasil

Autores

Lucas Barbosa Sousa de Lucena, Kelton Dantas Pereira, Hugo Leonardo Alves da Silva, Sara Paes Gaião Torreão, Anna Luísa Marinho de Andrade