ESOFAGITE GRAVE COM ESTENOSE DE ESÔFAGO DISTAL COMO CONSEQUÊNCIA DE ESCLEROSE SISTÊMICA
A esclerose sistêmica é caracterizada por espessamento variável e endurecimento da pele e ao envolvimento de órgãos internos. Existem diversas manifestações como anormalidades da circulação, acometimento músculo-esquelético, renal, pulmonar, cardíaco e gastrointestinal, com complicações fibróticas e / ou vasculares. O acometimento gastrointestinal está presente em cerca de 90 por cento dos pacientes e aproximadamente a metade são sintomáticos e 50 a 80 por cento tem disfunção esofágica.
Relatar um caso de um paciente com esofagite grave associada a estenose de esôfago distal que foi diagnosticada com esclerose sistêmica.
Trata-se de paciente 36 anos, masculino, admitido no Hospital Santa Casa de Belo Horizonte para ser submetido a dilatação esofágica. As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura.
Após realização de biópsia de esôfago descartando neoplasia, e evidenciando o fenômeno de Raynaud associada a esclerodactilia em exame físico, iniciou-se propedêutica para investigação de esclerose sistêmica. Sendo então o diagnóstico altamente sugestivo após positivação dos anticorpos antinúcleo e anticentromero.
Portanto ressaltamos a importância da investigação etiológica, focando em diagnósticos diferenciais e exame físico minucioso, a fim de direcionar o tratamento e melhorar qualidade de vida dos pacientes.
Esclerose Sistêmica; Esofagite Grave; Estenose de esôfago
Clínica Médica
Juliana Silveira Cordeiro, Francine Luiza Seganfredo, Rubens Vicente de Luca Neto, Anna Elisa Teixeira Campos de Melo, Maisa de Medeiros Rocha