INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO E DIABETES NOS PACIENTES ATENDIDOS NA UBS HORTO FLORESTAL ITAPERUNA-RJ
As condições crônicas não transmissíveis representam a principal causa de mortalidade e incapacidade em todo mundo, sendo que o envelhecimento da população e a sobrevida das doenças infecciosas representam fatores importantes neste contexto. Associados ao desenvolvimento dessas condições estão envolvidos fatores como o diabetes mellitus (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS), e há consenso sobre a importância da adoção de estratégias de atenção integral à saúde focadas na prevenção do aparecimento de comorbidades.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência de pacientes diabéticos e hipertensos acompanhados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) através de uma pesquisa de base, levantada por estudantes de medicina, que visou avaliar risco cardiovascular e possíveis associações e correlações com outras variáveis clínicas e laboratoriais no cenário do Noroeste Fluminense.
O presente estudo teve como universo a UBS do bairro Horto Florestal, Itaperuna/RJ, onde estudantes de medicina realizaram um estudo analítico observacional transversal compreendendo a aplicação de questionário e avaliação de risco cardiovascular. Foram selecionados 105, de forma randomizada, no período de agosto/2014, abril/2015. A coleta de dados foi feita a partir das informações relatadas pelos pacientes durante as consultas e após o recebimento dos resultados dos exames laboratoriais relativos ao protocolo, juntamente com visita domiciliar para entrevista e aferição da pressão arterial sistêmica. A equação do risco foi feita a partir do Escore Framingham, tendo como um dos preditores o diabetes, o qual foi estratificado através da avaliação da glicemia em jejum dos pacientes em estudo.
A exploração nos revelou que 88 pessoas do espaço amostral, refletindo o percentual de 83,8% do total, não possuem diagnóstico de DM, enquanto os que padecem da condição correspondem a 16,2%. Percebemos um valor elevado em relação ao médio e alto risco (29,5% e 24,8%) da pressão arterial sistêmica, ou seja, mais da metade dos indivíduos pesquisados têm uma propensão significativa para desenvolver doenças cardiovasculares.
Quanto a hipertensão, visto que a maioria dos casos está relacionada a predisposições hereditárias e fatores comportamentais, tais condições podem estar contribuindo para HAS nesses indivíduos, sendo um fator agravante na fisiopatologia de doenças cardiovasculares. Apesar da importância do DM, há carência de estudos que investiguem as características epidemiológicas desta condi
Rede de Saúde; Diabetes Mellitus Tipo 2; Hipertensão Arterial Sistêmica
Clínica Médica
Wilian de Freitas Junior, Gisela Machado Altoe, Nikyallan Soares Rodrigues, Jaylla Fernanda Ferreira de Oliveira Raeli, Naiana Cristiani Filippi