"Percepção dos estudantes de Medicina sobre Protocolo de Morte Encefálica e doação de órgãos"
O desconhecimento sobre o Protocolo de Morte Encefálica e doação de órgãos faz com que o diagnóstico não seja realizado de maneira satisfatória, o que pode levar a perda de órgãos do doador, agravando ainda mais as filas de transplantes. Além disso, os profissionais que não possuem a capacitação adequada realizam a abordagem aos familiares de maneira incorreta que, por conseguinte, compromete a decisão em relação à doação dos órgãos, visto que a família nem sempre possui conhecimento sobre o assunto. Estudos demonstram que a percepção dos estudantes de Medicina sobre o Protocolo e doação de órgãos ainda são insuficientes, o que influencia no despreparo dos profissionais posteriormente. Frente a essa conjuntura, justifica-se a urgência em avaliar o entendimento dos estudantes do internato sobre o assunto, visto que a aquisição de competências e habilidades nessa área depende de um aparato teórico-prático adquirido na formação acadêmica.
A finalidade desse estudo é avaliar o grau de conhecimento a respeito de Protocolo de Morte Encefálica e doação de órgãos entre os internos do curso de Medicina da cidade de Aracaju.
Trata-se de um estudo exploratório, transversal e de abordagem quantitativa aplicado entre os estudos da Universidade Tiradentes e da Universidade Federal de Sergipe, através de um questionário validado e adaptado pelos pesquisadores. Os dados foram analisados e correlacionados com outros estudos.
Cerca de 50% da amostra não sabem sobre a necessidade de comunicação compulsória em casos de morte encefálica. Mais de 90% de todos os alunos de ambas as universidades desconhecem os critérios de diagnóstico de morte encefálica em sua totalidade, e em torno de 40% não têm sequer conhecimentos sobre a obrigatoriedade de exames complementares e ainda, um pouco mais de 90% desconhecem quais sejam esses exames. Os internos de Medicina são a favor da doação de órgãos, declarar-se-iam doadores, entretanto quase 50% deles não comunicaram às suas respectivas famílias o seu desejo.
Ainda que se valorize as questões que envolvam a doação de órgãos, os internos saem despreparados e sem conhecimentos suficientes. Os cursos de Medicina da cidade de Aracaju não estão, em sua grade curricular, dando atenção que o tema morte encefálica carece frente a sua importância e os internos saem das universidades desconhecendo o protocolo que favorece as doações de órgãos de possíveis doadores.
percepção, estudantes de medicina, doação de órgãos, morte encefálica.
Clínica Médica
Universidade Federal de Sergipe - Sergipe - Brasil
Jandson da Silva Lima, Déborah Mônica Machado Pimentel, Milenna Guimarães Lima, Rafael Ferreira Barreto, Victória Santos Oliveira