Diagnóstico diferencial de dor, paresia e parestesia de membro superior (MS): Relato de caso de Síndrome do desfiladeiro torácico em homens.
A síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é uma patologia rara e infrequente no sexo masculino (1:9) que resulta da compressão de estruturas neurovasculares na base do pescoço e axila resultando em sintomas neurológicos, como paresia e parestesia e também sintomas vasculares como, trombos.o diagnóstico se dá por meio da analise de imagem, entre elas a radiografia de tórax, que identifica anormalidades ósseas na região do triangulo do escaleno e no espaço costoclavicular, e Doppler orientado por ultrassom. Os testes provocativos de compressão vascular também são usados para sugerir o diagnóstico da síndrome.
Destacar a importância da síndrome do desfiladeiro torácico como diagnóstico diferencial de paresia e parestesia e dor em MS em homens.
Descrição de caso clínico
S.C.C., 54 anos, sexo masculino, melanodérmico, operador de máquinas pesadas, sem antecedentes patológicos de relevo, refere dor intermitente em ombro e membro superior esquerdo (MSE) associada à parestesia do quarto e do quinto dedos da mão ipsilateral. Relata também paresia do membro, que quando associada à parestesia dos dedos causa intenso incômodo. Realizado no dia 03/08/2017 o duplex scan da artéria subclávia esquerda cujo laudo foi sugestivo de compressão de artéria subclávia, sugerindo SDT. No exame físico nota-se atrofia da região hipotenar da mão esquerda, ombros assimétricos e rodados internamente, contratura do músculo trapézio, aparente hipotrofia de supra e infra espinhoso do lado esquerdo quando comparado com o lado contralateral e Testes provocativos de Roos e Adson positivos.
A síndrome do desfiladeiro torácico apesar de rara deve estar entre os diagnósticos diferenciais a serem pensados quando a queixa do paciente se pauta em dor, paresia e parestesia de apenas um MS. O diagnóstico da patologia é essencialmente clínico e para isso conta com o auxílioda realização de manobras como Adson, hiperabdução, costoclavicular,teste dos 3 minutos. Por não haver um exame padrão-ouro, é importante a realização de exames como o Ecodoppler de subclávia ou Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonancia Magnética (RM) ou arteriografia ou venografia para consolidar o diagnóstico e assim poder oferecer ao paciente o tratamento mais adequado para a sintomatologia citada.
Síndrome do desfiladeiro torácico, SDT, dor crônica, paresia, parestesia,
Clínica Médica
Santa Casa de BH - Minas Gerais - Brasil
Luiza Toledo Soares, Maria Cláudia Miranda Resende, Lívia Damaso Albuquerque, Ana Clara Ali Alvarenga, Rafaela Rabelo Maciel