14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

O papel da Clínica Médica na abordagem e manejo inicial das nefropatias: Síndrome Nefrítica-Nefrótica, um relato de caso.

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: A Síndrome Nefrótica (SN) é caracterizada pela presença de proteinúria maior que 3,5g/24h, hipoproteinemia, edema, dislipidemia e, em alguns casos hematúria microscópica. À combinação de síndrome nefrótica e glomerulonefrite dá-se o nome de síndrome nefrítica-nefrótica (SNN). Na vigência de um quadro de SNN é fundamental estabelecer etiologia primária ou secundária. O papel da Clínica Médica é essencial na exclusão das causas secundárias, previamente ao encaminhamento para o especialista, para a otimização da assistência desse paciente.

Objetivos

OBJETIVOS: Discutir a relevância da abordagem e manejo inicial da SNN na Clínica Médica, contemplando os diagnósticos diferenciais, de modo a otimizar a assistência e proporcionar cuidados iniciais adequados ao paciente com nefropatia.

Delineamento/Métodos

DESCRIÇÃO DO CASO: J.M.L., sexo masculino, 25 anos de idade, natural de Ouro Preto-MG. História de edema de membros inferiores e “urina espumosa”, após uma partida de futebol. Sete dias após o início dos sintomas, foi hospitalizado com quadro de edema e hipertensão arterial. Foi constatado proteinúria, micro-hematúria, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia. Negava faringoamigdalite recente. Negava uso de álcool, tabaco ou drogas ilícitas. Sorologia para Hepatites virais e HIV: não reagentes. Complementos séricos normais, além de pesquisa para anticorpos anti-neutrófilos (ANCA) e para anticorpos antinucleares (FAN) não reagentes. Função renal e hepática preservadas. Hemograma e glicemia de jejum sem alterações. Exame parasitológico de fezes negativo. Após a exclusão das principais causas secundárias de SN, tais como nefropatia diabética, hepatites virais, lúpus eritematoso sistêmico, infecção pelo vírus HIV e uso de drogas ilícitas, as causas primárias foram mantidas como as principais hipóteses diagnósticas. Prosseguiu-se o encaminhamento para a Nefrologia, a fim de dar continuidade à investigação diagnóstica com propedêutica específica, a exemplo da biópsia renal percutânea.

Resultados

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Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES: Na vigência de um quadro de SN é fundamental estabelecer etiologia primária ou secundária, quando relacionada a outra condição clínica. Após a exclusão de causas secundárias, o estudo anatomopatológico é essencial para o diagnóstico da lesão renal e tratamento específico. Sabendo-se que ambos estão inseridos no escopo da Nefrologia, cabe ao clínico investigar e excluir causas primárias, com o propósito de realizar um encaminhamento dirigido e agilizar o processo diagnóstico dos pacientes.

Palavras Chaves

Medicina Interna, Nefropatias, Diagnóstico Diferencial

Área

Clínica Médica

Autores

Beatriz Pimenta Paula, Gabriela Santana Ataliba, Polyana Almeida Barbosa, Joyce Almeida Franco Policarpo, João Milton Penido