Título

Monoartrite meningocócica primária na ausência de meningococcemia

Fundamentação/Introdução

A artrite séptica decorre de reação inflamatória à invasão direta da articulação por microorganismos patogênicos, sendo o Staphilococcus aureus responsável por 44% dos casos. Schaad descreveu 1.180 casos de artrite relacionados à Neisseria meningitidis e definiu diferentes manifestações: artrite relacionada à doença meningocócica grave, meningococcemia crônica e artrite primária meningocócica (APM).

Objetivos

Apresentar manifestação rara de infecção por meningococo.

Delineamento/Métodos

Exposição de caso clínico após atendimento da paciente e revisão de prontuário eletrônico, com assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido.

Resultados

Paciente internada por artrite em tornozelo direito e febre, sendo iniciada investigação com culturas e artrocentese, e introduzida antibioticoterapia empírica com Oxacilina. Com cultura do líquido sinovial positiva para Neisseria meningitidis do grupo C, realizada coleta de liquor a fim de afastar acometimento de sistema nervoso central. Antibioticoterapia substituída por Ceftriaxona, admistrada por quatorze dias com resolução do quadro.

Conclusões/Considerações finais

APM apresenta-se como condição clínica rara, de difícil diagnóstico, e presente em cerca de apenas 1% das infecções causadas pelo meningococo5. Assim, a apresentação de casos como este se faz de suma importância para enriquecer o conhecimento a respeito desta manifestação atípica.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica