14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico da sífilis: Análise da incidência da doença no município de Macaé, Rio de Janeiro, Brasil.

Fundamentação/Introdução

A sífilis é uma infecção bacteriana causada pelo Treponema pallidum com transmissão via sexual ou vertical, originando as formas adquirida e congênita, respectivamente, da enfermidade. Essa infecção, além de associar-se a complicações graves em pacientes não tratados, caracteriza-se pela presença de lesões que facilitam a entrada do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Nos últimos anos, o número de casos da doença tem ressurgido devido a diminuição das práticas seguras de sexo. Por esse motivo, atualmente, observa se que a doença é uma preocupante infecção reemergente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 11 milhões de novos casos de sífilis ocorram em adultos de 15 a 49 anos em todo mundo. No Brasil, estima-se 937.000 novos casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) por ano. A fim de monitorar a incidência da doença, a sífilis adquirida passou a integrar a lista de notificação compulsória a partir da Portaria nº 2.472, publicada em 31 de agosto de 2010.

Objetivos

Identificar, epidemiologicamente, os casos de sífilis adquirida ocorridos no município de Macaé, localizado no estado do Rio de janeiro (RJ), Brasil, no período de 2014 a 2016.

Delineamento/Métodos

Estudo descritivo, transversal, quantitativo, desenvolvido pelo observatório de politicas e cuidados em saúde de Macaé (RJ) e, realizado a partir dos dados fornecidos pela vigilância epidemiológica municipal, por meio de informações contidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Resultados

Durante o período analisado foram notificados 623 casos. A maior incidência foi observada no ano de 2016 (62,3%). Na série histórica, a faixa etária de 20 a 29 anos respondeu pela maior parte dos registros. O maior incremento da doença foi observado no ano de 2016 com um aumento de aproximadamente 300% dos casos notificados em comparação ao ano anterior. Em relação a razão por sexos, a sífilis acomete 1,71 homem para cada caso registrado em mulheres.

Conclusões/Considerações finais

Anualmente, apesar das facilidades de diagnóstico e tratamento da doença, ocorre um aumento no coeficiente de detecção de novos casos da sífilis adquirida. O conhecimento do perfil epidemiológico da enfermidade é substancial para subsidiar os gestores municipais na tomada de decisão e, direcionar investimentos e estratégias para o enfrentamento e prevenção desse agravo.

Área

Clínica Médica

Instituições

UFRJ - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

BARBARA SOARES DE OLIVEIRA SOUZA, RAQUEL MIGUEL RODRIGUES, RAQUEL MACIEL DE LIMA GOMES