14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ATITUDES E CRENÇAS DOS MÉDICOS FRENTE AO ÁLCOOL, ALCOOLISMO E ALCOOLISTA

Fundamentação/Introdução

O uso indevido de substâncias psicoativas (SPA) traz prejuízos consideráveis às nações do mundo inteiro. O consumo abusivo de álcool é prevalente em todo o mundo e estão entre os 20 maiores fatores de risco para problemas de saúde identificados pela OMS. Seu consumo no Brasil tem sido alvo de grande preocupação e as estratégias de educação permanente de profissionais que lidam com a temática torna-se necessária. Assim, o Centro Regional de Referência do estado do Espírito Santo (CRR-ES) foi implementado a partir da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas a fim de qualificar e fortalecer ações da rede de atenção aos usuários.

Objetivos

Identificar as atitudes e crenças dos médicos acerca do uso de SPAs.

Delineamento/Métodos

Trata-se de estudo transversal, com uma amostra de 28 médicos participantes dos cursos do CRR-ES. Utilizou-se como instrumento de mensuração das atitudes a “Escala de Atitudes Frente ao Álcool, ao Alcoolismo e ao Alcoolista” (EAFAAA). O instrumento é específico para medir as atitudes dos profissionais relacionadas às questões de álcool, de forma segura; além disso, permite avaliar atitudes de dois atributos que não são contemplados em nenhum instrumento anterior dos que se tem conhecimento; as atitudes frente ao relacionamento interpessoal com o paciente alcoolista e as atitudes diante das repercussões do alcoolismo no contexto pessoal e social. O instrumento foi aplicado no primeiro e último dia do curso.

Resultados

Dentre os alunos, 87,5% eram do sexo feminino, com média de idade de 41 anos e de tempo de trabalho de 16 anos. 62,2% participaram de treinamento/curso sobre a temática; 46,2% concordam que o uso de drogas não deveria ser considerado problema de saúde; 61,6% consideram o usuário uma pessoa sem recuperação ou tratamento; 61,6% aceitam que os dependentes são pessoas fracas e com falhas de caráter; 61,5% acham que os usuários não merecem ser acolhidos no serviço de saúde; 53,9% concordam que os dependentes são ameaçadores e agressivos e deveriam ser excluídos.

Conclusões/Considerações finais

A implantação de um CRR propõe oferecer capacitações que devem acontecer no contexto da educação permanente. É imprescindível trabalhar a educação permanente dos profissionais de saúde com foco nas atitudes e crenças sobre o uso de SPA, para aumentar a eficácia da identificação, tratamento e reabilitação dos usuários.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Espírito Santo - Espírito Santo - Brasil

Autores

Wanderson Santos Gonçalves, Nathalia Loss Franzin, Rayane Cristina Faria Souza, Lorena Silveira Cardoso, Marluce Mecheli Siqueira