14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

MANEJO DE TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: RELATO DE CASO DE DIAGNÓSTICO PRECOCE

Fundamentação/Introdução

O Tromboembolismo Pulmonar (TEP) consiste na obstrução arterial pulmonar por um ou mais êmbolos sendo responsável por 5 a 10% dos óbitos intra-hospitalares.

Objetivos

Ressaltar a importância da identificação precoce dessa síndrome, bem como uma conduta rápida e precisa para garantir o melhor prognóstico do paciente.

Delineamento/Métodos

J.F.S, feminino, 34 anos, se dirige ao Pronto Socorro do Hospital Municipal de Paracatu em 27/01/2017 queixando dor torácica e dispnéia. Mediante suspeita de TEP foi solicitado Ecodopplercardiograma Transtorácico, que evidenciou átrio e ventrículo direitos dilatados e hipertensão pulmonar moderada, e Angio-Tomografia de tórax com consolidação pulmonar disseminada à esquerda e aumento do calibre da artéria pulmonar confirmando o TEP maciço. Foi realizado ainda Duplex Scan de membros inferiores sem sinais de trombose venosa superficial e profunda (TVP). No dia seguinte à admissão a paciente evoluiu com hipoxemia, taquicardia e piora da dor torácica, sendo transferida à Unidade de Tratamento Intensivo e trombolizada com Alteplase. Houve remissão completa dos sintomas, não necessitando de via aérea avançada, e recebeu alta após três dias com uso contínuo de Xarelto.

Resultados

Apesar de não ter sido detectado nos exames indícios de TVP, esta é principal causa de TEP em cerca de 90% dos casos. Entre os 10% se encontram trombofilias, estrógenos (causa provável da paciente), imobilizações, malignidades, entre outros. O quadro clínico é variável sendo mais comum dor torácica, dispneia, taquicardia, dor pleurítica e tosse, e menos comum hemoptise, diaforese e síncope. Em TEP maciço pode ocorrer colapso cardiovascular e instabilidade hemodinâmica em cerca de 30% dos pacientes e a mortalidade atinge de 60% a 70%. Os diagnósticos diferenciais são síndromes coronarianas, pneumonias, pneumotórax e pericardite, entre outras. A eficiência do atendimento com uma boa anamnese e a escolha certa dos exames complementares facilitaram o diagnóstico precoce da paciente iniciando o seu tratamento rápido e corretamente evitando maiores complicações.

Conclusões/Considerações finais

O TEP maciço tem alta taxa de mortalidade principalmente nas primeiras horas, sendo fundamental o rápido diagnóstico e a instituição de terapia trombolítica visando a lise do trombo, prevenção de novos eventos, melhora do desempenho ventricular e redução do risco de evolução para hipertensão pulmonar crônica.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Autores

Caroline Santos Eneas, Gabriela Almeida Macedo, Dayane Quintino Vasconcelos, Estevão Tavares de Figueiredo, Letícia Fernandes de Sousa