14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

IMPORTÂNCIA TROMBÓLISE PRECOCE NA MORBIMORTALIDADE CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM SCACSST

Fundamentação/Introdução

Ambas as diretrizes americanas e européias recomendam que a terapia de reperfusão seja administrada de forma tão rápida e eficaz quanto possível para o SCA com SST. Vários grandes estudos mostraram que os pacientes que recebem reperfusão rápida têm menor área de infarto e menor mortalidade do que aqueles com atraso no tratamento.

Objetivos

A estratégia de reperfusão deve ser escolhida de acordo as opções disponíveis, de preferência a angioplastia primárias sobre os fibrinolíticos.

Delineamento/Métodos

Relatamos um caso com SCA com SST em que a fibrinólise (t-PA) foi escolhida como estratégia de reperfusão (intervenção coronariana percutânea primária não disponível), com desfecho favorável.

Resultados

Paciente masculino, 70 anos, sedentário, bebedor social, hipertensão arterial sistêmica há 30 anos, diabetes mellitus tipo II há 10 anos, dislipidêmico, nega tabagismo atualmente, no entanto refere tabagismo por 17 anos interrompendo há 30 anos. História familiar positiva para IAM. Antecedente de Cineangiocoronariografia (há 2 anos): TCE com lesão de 60-70% distal, DA com lesões críticas de 85% no óstio e no terço médio, Cx com lesão discreta ostial (30%) e crítica de 80% no terço médio, CD com lesão crítica (60-70%) no terço médio e de 90% medial. Feito CRM com AME para DA e PVSAo para Mg e Dp (CD). Em terapia farmacológica otimizada. Chega no plantão do PS com angina típica de 40 minutos de duração. Ao exame físico bulhas cardíacas normofonêticas, sem sopros, ictus não palpável, invisível, sem outros achados. ECG com RS, FC=61 bpm, IAM com SST de parede inferior. Realizado trombólise com RTPa. No Ecocardiograma de controle, fração e ejeção ventricular de 75%, redução da complacência do VE, discinesia septal, insuficiência mitral e tricúspide leve. Na RM cardíaca realizada 3 meses após o evento, ausência de fibrose miocárdica e sem alterações isquêmicas. Paciente assintomático, com exames de rotina sem particularidades, realizando consulta médica periódica.

Conclusões/Considerações finais

À medida que o intervalo de tempo entre a apresentação do doente e a administração da terapia fibrinolítica (tempo de porta - agulha) aumenta, o benefício da terapia diminui. O benefício de sobrevida é maior quando os agentes fibrinolíticos são administrados nas primeiras quatro horas após o início dos sintomas, e particularmente nos primeiros 70 minutos. A terapia fibrinolítica (trombolítica) é capaz de restabelecer o fluxo sangüíneo anterógrado em quase 75% dos pacientes, quando administrada nas primeiras duas horas após o início dos sintomas.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

Jhonata Pereira Muniz, Gabriel Santos Silva, Gabriel Zanette Naspolini, Samuel Cesconetto, Franco Aguilar Salazar