14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Manejo Clínico da Dor Crônica na Febre Chicungunya: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

A Chikungunya, doença viral de distribuição tropical, acomete indivíduos em diferentes países do mundo, e, apesar de não ser uma doença de alta letalidade, tem elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente,causando a redução da produtividade e da qualidade de vida. O vírus da chikungunya pode acometer células endoteliais e epiteliais humanas, fibroblastos, macrófagos e células B, células musculares, daí a possibilidade das diferentes apresentações clínicas.
Possui quadro clínico caracterizado pela existência de duas fases: aguda e crônica. A fase aguda tem sintomas inespecíficos, tais como febre, cefaleia, dores musculares, fadiga, e tem curta duração. Já a fase crônica é marcada pela de dor intensa, podendo ocorrer artrite viral e neuropatias.

Objetivos

Mostrar o efeito do imunomodulador hidroxicloroquina no tratamento da dor crônica pós- Chicungunya e a importância da fisioterapia analgésica no controle dessa dor a curto prazo.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um relato de caso, onde procedeu-se à avaliação com a paciente, incluindo dados pessoais, anamnese, exame físico e terapêutica adotada.

Resultados

Trata-se de um estudo de caso, realizado pelo acompanhamento clínico de I.G.C, 35 anos, sexo feminino, que procurou a clínica no dia 15/07/2016 com dores articulares após episódio de Chicungunya há 1 mês. Apresentava poliartralgia, fadiga e fraqueza muscular de membros superiores e inferiores. Ao exame físico, apresentava hipotrofia escapular e de ombros,deambulação prejudicada, edema de mãos e pés, exantema e descamação de extremidades. O tratamento iniciou-se utilizando-se ciclos curtos de corticosteroide: prednisona por via oral 0,5 mg/Kg em dose única pela manhã, por cinco dias, associada a fisioterapia analgésica e alongamentos. Após esse período, houve a melhora parcial da dor, porém com a persistência da artrite inflamatória. Procedeu-se ao uso de hidroxicloroquina 6mg/kg/dia via oral, por seis semanas, em que obteve-se a remissão dos sintomas. A hidroxicloroquina foi imprescindível como instrumento para debelar a inflamação persistente, e a fisioterapia analgésica e alongamentos importante para tratar a dor imediata e constante.

Conclusões/Considerações finais

Casos pós-chikungunya necessitam da atuação do reumatologista e fisioterapeuta para tratar a artralgia viral em decorrência do déficit funcional que se instala. O tempo de recuperação pode durar vários meses, daí a necessidade de conhecer mais a doença para obter um para obter um tratamento mais efetivo e satisfatório.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Clínica Integrada de Reumatologia e Fisioterapia - Paraíba - Brasil, Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil

Autores

Mariza Freire de Souza Soares , Alfredo Bezerra de Souza, Larissa Oliveira Borba, Kettelin Aparecida Arbos, Ana Beatriz Andrade Silva