14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

BRONQUIOLITE OBLITERANTE POR PNEUMONIA EM ORGANIZAÇÃO: UM RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A Bronquiolite obliterante com pneumonia em organização (BOOP) é uma pneumopatia intersticial caracterizada por fibrose bronquiolar com proliferação intraluminal de tecido conjuntivo, limitando o fluxo aéreo. A taxa de mortalidade é de cerca de 10% e nos casos complicados requer maior vigilância.

Objetivos

Apresentar um caso de BOOP com manifestação aguda e alertar para esta entidade que, apesar de rara, é tratável com recuperação plena.

Delineamento/Métodos

CF, masculino, 85 anos, não tabagista, hipertenso, portador de leucemia linfoide crônica e herpes zoster de repetição. Iniciou quadro de tosse produtiva, febre alta e prostração. Procurou atendimento médico um dia após inicio dos sintomas sendo diagnosticado com pneumonia e iniciado Levofloxacino. Evoluiu com piora do quadro geral, hiporexia, piora da tosse, manutenção da febre e sibilância. Procurou novamente atendimento médico, no terceiro dia de Levofloxacino, onde foi hospitalizado. Exame físico mostrava ausculta respiratória com roncos e sibilos difusos bilaterais. SatO2 88 % em ar ambiente com esforço respiratório leve, frequência respiratória de 24 irpm. Exames da admissão hospitalar: Hemoglobina 8,9; Global leucócitos: 1,49; Segmentados 859,7; PCR superior a 90. Radiografia de tórax com consolidação bilateral. Mantida a hipótese diagnostica de pneumonia, suspendido levofloxacino e iniciado Ceftriaxone+azitromicina. Após 3 dias, paciente mantinha dispneia e ausculta pulmonar alterada apesar de a febre ter cessado. Antibiótico trocado por Piperacilina+tazobactan, sem melhora após 48horas. Solicitado TC tórax que evidenciou áreas de consolidação e atenuação em vidro fosco associado ao sinal do halo invertido na região medular e nas bases. Suspeitado de BOOP e iniciado hidrocortisona venosa mantendo Pipetazo. No primeiro dia de corticoide houve melhora súbita do quadro. Alta hospitalar após 10 dias de Pipetazo e 5 dias de corticoide venoso e recomendação de controle com pneumologia e uso de 6 meses de Prednisona oral.

Resultados

-

Conclusões/Considerações finais

A evolução do paciente caracteriza quadro de BOOP. Embora não tenha sido feito biopsia para o diagnostico histopatológico, o presuntivo é aceito em pacientes com alta probabilidade clinica de BOOP e boa resposta a corticoterapia empírica. Este caso enfatiza que quando houver a presença de características clínicas de infecção pulmonar, sem resposta adequada à antibioticoterapia, a hipótese de BOOP deve ser considerada apropriada.

Palavras Chaves

Bronquiolite obliterante, pneumopatia intersticial

Área

Clínica Médica

Autores

Isabela Lage Pimenta, Kaio Cezar Gomes Pessim, Rovena Campana Tardin, Moacir Andrade Gonçalves, Eder Frederico Andrade Da Silva