14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Análise dos fatores de retardo ao atendimento ao infarto agudo do miocárdio com Supra de ST (IAMCSST) em comparação com o gênero: experiência de uma rede pública em Salvador – Bahia

Fundamentação/Introdução

A maioria das mortes por infarto agudo do miocárdio ocorrem no ambiente extra-hospitalar, sendo 40-65% na primeira hora do início dos sintomas e 80% nas 24h iniciais. Retardos no atendimento ao IAMCSST são indicadores ou marcadores de qualidade dos serviços de saúde.

Objetivos

Analisar os principais fatores responsáveis pelo retardo no diagnóstico e tratamento dos pacientes portadores de IAMCSST em relação ao gênero.

Delineamento/Métodos

Trata-se de uma coorte prospectiva e observacional de seguimento pré e intra-hospitalar no período de 01 de janeiro até 31 de dezembro de 2015. Foram analisados: o tempo para reconhecimento e busca do atendimento médico (TRBA); o tempo para realização do 1º traçado eletrocardiográfico (TECG); o tempo de transporte da unidade de emergência para o centro de referência (TTCR); e o tempo porta-balão (TPB). Em relação as metas para os tempos, ficou preconizado os seguintes pontos de corte: TRBA ≤ 120 min; TECG ≤ 10 min; TTCR ≤ 120 min; TPB ≤ 120 min, inspirando-se em metas preconizadas em diretrizes mundiais e registros clínicos.

Resultados

Dos 133 pacientes, 85 eram do sexo masculino (63.9%) e 48 (36%) do sexo feminino; a média de idade e IMC entre os sexos masculino e feminino foi de 56.3 e 60.5 anos para o primeiro e de 26 e 27.7 Kg/m² para o segundo. Diabetes e baixa escolaridade foram mais prevalentes no sexo feminino do que masculino, com significância estatística: 20 (48.8%) vs 18 (26.1%) com P = 0.01 e 26 (54.2%) vs 28 (32.9%) com P = 0.04, respectivamente. IAMCSST Killip classe I foi mais prevalente no sexo masculino: 93 (86.1%) vs 12 (63.2%) casos com P = 0.01, e a realização de trombólise com tendência para o mesmo sentido: 17 (20%) vs 4 (8.3%) e P = 0.07.

Conclusões/Considerações finais

Neste estudo, evidenciou-se que pacientes portadores de IAMCSST do sexo feminino, apresentaram uma prevalência significativamente maior de diabetes e de baixo nível de escolaridade, além de uma maior proporção de IAM complicados (Killip classe ≥ II), assim como, uma maior probabilidade de obter metas de tempos para reconhecimento e busca de atendimento e realização do primeiro eletrocardiograma.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal da Bahia - Bahia - Brasil

Autores

André Rodrigues Durães, Luiz Carlos Santana Passos, Ivan Mattos de Paiva Filho, Yasmin de Souza Lima Bitar, Ana Carolina Trindade Freitas