RELATO DE CASO - DISSECÇÃO DE AORTA EM OLIGOSSINTOMÁTICO
A dissecção aguda de aorta (DAA) - entende-se dissecção como o resultado de uma separação longitudinal espontânea da túnica íntima aórtica e adventícia causada pelo acesso do sangue circulante à parede da aorta em sua divisão/transição - é uma das emergências comuns a aorta e frequentemente levando ao óbito. Seu quadro clínico, apresenta-se em 85% dos pacientes, como uma algia de início súbito localizada no tórax em 82% dos casos, e em dorso em 43%. Alguns casos podem apresentar déficit neurológico (14% dos pacientes) ou síncope (17% dos pacientes). Encontra-se assimetria de pulso radial em 26% dos casos. A tríade clássica com hipotensão, tamponamento cardíaco e choque é encontrada apenas em 22% das vezes.
A inespecificidade e variabilidade da apresentação clinica exigem alto grau de suspeita e utilização de exames complementares para seu diagnóstico.
O relato de caso tem como objetivo descrever o quadro de um paciente com sintomas inespecíficos associados a dor torácica súbita, sem irradiação, a direita e associada a dispneia. Durante a investigação clínica, laboratorial e radiológica, revelou-se no ECG alterações sugestivas de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), apresentando supra desnivelamentos difusos do seguimento ST associado a inversão de onda T. Os achados radiográficos evidenciaram o diagnóstico de dissecção arterial aguda com evolução desfavorável devido a extensão da dissecção e demora no diagnóstico.
Trata-se de estudo de relato de caso, o paciente pesquisado foi avaliado, diagnosticado e seguido em Hospital Beneficência Portuguesa de Ribeirão Preto–SP durante atividades realizadas durante a graduação do curso de medicina, mediante prévia assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido presente na admissão do mesmo ao serviço.
A disseção aguda de aorta é uma emergência clínica, sendo determinante o diagnóstico precoce para o desfecho positivo. Sendo, portanto, vital o atendimento sistemático na abordagem de dor torácica, devido as mais diferentes apresentações de patologias potencialmente catastróficas como na DAA.
Paciente com evolução atípica necessitando de exames complementares para diagnóstico. Evolução de Stanford A conforme literatura.
Prováveis causas do óbito:
DAA Stanford A
Pneumonia comunitária
Tempo prolongado de circulação extracorpórea
Dissecção Aguda de Aorta
Relato de Caso
Ribeirão Preto
UNAERP
Beneficência Portuguesa
Hospital Escola
Clínica Médica
UNAERP - São Paulo - Brasil
Caroline Georgea Menezes de Pauli, Paulo Mauricio Marques, Rafael Gomes Soares Vendas, Patricia Campozana, Alessandro Prudencio Amorim