14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Acessibilidade de usuários a serviços de atenção primária na zona sul da cidade de São Paulo

Fundamentação/Introdução

As Assistências Médicas Ambulatoriais (AMA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) integram a estrutura de Atenção Básica do Município de São Paulo. AMAs foram desenhadas como estratégia para melhora da acessibilidade aos usuários em demanda espontânea nas situações de baixa e média complexidade.

Objetivos

Analisar o perfil de acesso de usuários em serviços de Atenção Básica na zona sul da cidade de São Paulo, comparando os padrões dos serviços AMA e UBS.

Delineamento/Métodos

Estudo transversal descritivo com análise quantitativa de 14.680 atendimentos realizados em uma AMA, na clínica médica e pediatria, e 43.744 atendimentos médicos realizados por 7 UBSs, no período de janeiro a março de 2017. (Fonte: SIGA PEP)

Resultados

A proporção de atendimentos por faixa etária nas UBSs foi de 19,8% até 15 anos; 5,9% de 15 a 19 anos; 24,9% de 20 a 39 anos; 27,3% de 40 a 59 anos e 22,2% de maiores de 60 anos. Enquanto na AMA foi de 29,2% até 15 anos; 6,8% entre 15 e 19 anos; 26,5 % entre 20 e 39 anos; 21,3% entre 40 e 59 anos e 16,2% de maiores de 60 anos.
Quanto ao gênero, nas UBSs a demanda masculina foi 32% e a feminina 68%; na AMA foi 59,3% e 40,7% respectivamente.
A proporção de homens atendidos na AMA é maior em todas as faixas etárias, quando comparado à demanda do sexo masculino nas UBSs, exceto até os 15 anos de idade, quando não observamos diferença estatisticamente significativa.
Na AMA, os diagnósticos de alta segundo Código Internacional de Doenças (CID 10), entre adolescentes e homens de 20 a 39 anos foram doenças respiratórias, sinas e sintomas inespecíficos e doenças infecciosas e parasitárias. Em homens de 20 a 39 anos, também doenças do sistema osteomuscular. No caso das adolescentes também queixas relacionadas ao aparelho genitourinário

Conclusões/Considerações finais

Há maior proporção de atendimentos de crianças, adolescentes e adultos jovens na AMA que nas UBSs.
A demanda a partir dos 40 anos é mais freqüente nas UBSs.
A proporção de atendimento masculino é significativamente maior na AMA a partir dos 15 anos de idade com diagnósticos relacionados à queixa respiratória, seguidos por outros sintomas e sinais anormais e doenças infecciosas e parasitárias e para as mulheres de doenças do aparelho genitourinário.
Conhecer acessibilidade dos usuários a serviços de saúde proporciona aos gestores ferramentas para administração dos recursos. Decisões de perfil de profissional a ser contratada, escala de trabalho e treinamentos devem ser baseados em dados e esta análise proporciona informação de um recorte do Brasil.

Palavras Chaves

Atenção Primária, AMA, Assistência Médica Ambulatorial, UBS, Unidade Básica de Saúde, acessibilidade, atendimento.

Área

Clínica Médica

Autores

JIMENA EVA BARRIVIERA DE TORRE, ANA MARIA TRUFELLI, CHEILA PORTELA SILVA