14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Traumatismo Cranioencefálico: Correlação entre dados epidemiológicos e tomografia computadorizada de crânio.

Fundamentação/Introdução

O Traumatismo cranioencefálico (TCE) é caracterizado por qualquer agressão de ordem traumática que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou seus vasos. No Brasil, a incidência cresce a cada dia, sendo a maior causa de morte entre indivíduos na faixa etária de 10 a 29 anos.

Objetivos

Esta pesquisa analisou o perfil epidemiológico e tomográfico dos pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico atendidos em serviço vinculado ao SUS no período de julho a setembro de 2016, no município de Santarém, interior da Amazônia, no Oeste do Estado do Pará.

Delineamento/Métodos

O estudo foi de caráter quantitativo, descritivo e retrospectivo. As variáveis analisadas englobam sexo, idade, o mecanismo de trauma e os tipos de lesões mais encontrados nas tomografias computadorizadas de crânio.

Resultados

Totalizaram 84 pacientes. A faixa etária mais incidente foi a de 20 a 35 anos, com 45,23% (n=38) dos casos, seguida pelos pacientes com idades entre 36 e 60 anos, com 32,14% (n=27) dos casos. Em relação ao sexo, 73,8% (n=62) dos pacientes eram do sexo masculino e 26,2% (n=22) eram do sexo feminino. Quanto ao mecanismo do trauma, os acidentes de trânsito totalizaram 57,2% (n=48) dos casos, quedas ocorreram em 22,6% (n=19) e agressão física em 20,2% (n=17) dos casos. Na correlação entre mecanismo de lesão e faixa etária, o presente estudo verificou maior incidência de acidente de trânsito e agressão física nas faixas etárias de 20 a 35 anos e 36 a 60 anos, enquanto que as quedas foram uma causa que se distribuiu uniformemente em todas as faixas etárias. Quanto aos aspectos tomográficos, 33,4% foram normais e nos demais, as alterações mais encontradas foram 18,5% de contusões intraparenquimatosas, 14,8% de hematomas epidurais, 14,8% de hematomas subgaleais e 18,5% dos pacientes apresentaram mais de uma alteração no exame.

Conclusões/Considerações finais

O estudo sobre a epidemiologia do traumatismo cranioencefálico mostrou-se bastante relevante. Observamos que não houve nenhum estudo similar feito na Região Amazônica e, principalmente, no município de Santarém em âmbito intra-hospitalar. Logo, esses dados são importantes no sentido de fornecer informações sobre a realidade local. Entretanto, faz-se necessário a realização de mais estudos específicos para quantificar a magnitude do problema.

Palavras Chaves

Tomografia Computadorizada de Crânio; Traumatismo Cranioencefálico; Dados Demográficos; Amazônia.

Área

Clínica Médica

Autores

GRACE KELLY DOS SANTOS GUIMARÃES, KANANDA KESYE SOUSA NUNES, VICTORIA RODRIGUES BASTOS, WAGNER DE SOUSA ALMEIDA, DANIEL BERRETTA MOREIRA ALVES