14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

TENDÊNCIA TEMPORAL DA PREVALÊNCIA DA DUPLA CARGA DE DOENÇA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELLITUS NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2006 A 2014

Fundamentação/Introdução

Como muitos países em desenvolvimento, o Brasil apresenta um aumento na prevalência das doenças crônicas não transmissíveis. Dentro dessa questão de saúde pública, a presença concomitante de hipertensão e diabetes requer uma atenção especial, por representar um elevado índice de morbimortalidade e perda da qualidade de vida.

Objetivos

Analisar a tendência temporal da prevalência da dupla carga de doença (DCD) Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus no Brasil no período de 2006 a 2014.

Delineamento/Métodos

Estudo ecológico realizado no Brasil, a partir do banco de dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), de 2006 a 2014. População com 18 anos ou mais, de ambos os sexos portadoras de DCD. Excluídas gestantes. A análise de regressão linear simples foi realizada por região, idade, sexo e escolaridade, no SPSS 20.0.

Resultados

Observa-se uma tendência ascendente na prevalência de dupla carga de doenças na população brasileira (p<0,001), com aumento médio de 0,38% ao ano. O comportamento se mantém em todas as regiões do país (p<0,001), tendo a Região Sul o maior incremento médio anual (0,52%).
Nas faixas etárias acima de 42 anos, bem como em ambos os sexos a prevalência da DCD é ascendente (p<0,001; incremento médio anual 42 a 59 anos = 0,19%; mais de 60 anos = 0,38%; sexo feminino = 0,41%; sexo masculino = 0,32%), sendo que o sexo feminino apresenta maiores prevalências em todos os anos avaliados.
Todos os níveis de escolaridade apresentaram tendência ascendente (p<0,01), sendo o incremento inversamente proporcional a escolaridade (incremento médio na população com 0 a 8 anos de escolaridade = 0,71%; 9 a 11 anos = 0,35%;12 ou mais anos = 0,21%).

Conclusões/Considerações finais

Há uma tendência de aumento da prevalência de DCD no Brasil no período estudado, que atinge as populações de ambos os sexos, idade acima de 42 anos, independente da escolaridade e região do Brasil.

Palavras Chaves

Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus

Área

Clínica Médica

Autores

Raísa Schneider Arend, Marcia Regina Kretzer Regina Kretzer, Giovanna Grünewald Vietta, Flávio Exterkoetter