14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Estimativa de risco para diabetes mellitus tipo 2 e fatores associados em policiais militares de um batalhão no Sul de Minas Gerais

Fundamentação/Introdução

A estratificação de risco para Diabetes Mellitus tipo 2 é fundamental para prevenir as complicações decorrentes da doença e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. Dentre os instrumentos validados para rastreamento do risco de desenvolver DM2, o Questionário “Finnish Diabetes Risk Score” (FINDRISC), mostra-se uma ferramenta útil por ser auto aplicável e seu resultado ser facilmente interpretado.

Objetivos

Avaliar a presença de risco para desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 em policiais militares.

Delineamento/Métodos

Estudo transversal realizado com 80 policiais militares (25 a 59 anos), sexo masculino. Foram mensurados peso, estatura e circunferência abdominal (CA) utilizando material calibrado. A medida da CA foi realizada por um mesmo avaliador, considerando que pequenas diferenças na avaliação dessa medida podem influenciar a interpretação do resultado. O FINDRISC foi aplicado para a estratificação de risco, com respostas categorizadas sobre idade, índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), história de tratamento com anti-hipertensivos, hiperglicemia, atividade física e o consumo de frutas e hortaliças. O risco foi classificado em baixo, pouco elevado, moderado, alto e muito alto. Os resultados foram armazenados em um banco de dados utilizando-se os softwares Excel ® 2007. Para as análises de associação entre variáveis foi utilizado o teste qui-quadrado e utilizado o nível de significância de 0,05.

Resultados

Verificou-se que 40% dos policiais tinham idades ≥ 45 anos; 56% estavam com excesso de peso e 50% com obesidade abdominal; 85% eram sedentários; 97,5% relataram não comer frutas e/ou verduras diariamente; 22,5% tomavam anti-hipertensivos; 62,5% mencionaram história familiar de diabetes mellitus tipo 2. Não houve relatos de história prévia de glicose alta. Foram classificados como de baixo risco 27,5% policiais; 30% como de risco elevado, 22,5% como de risco moderado e 20% de risco alto.

Conclusões/Considerações finais

Os policiais militares avaliados apresentam risco de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 em 10 anos, sendo necessário o estímulo para mudanças de hábitos com o objetivo de reduzir os fatores de risco modificáveis. Sugerimos a inclusão do questionário FINDRISC nas consultas do Programa de Saúde Ocupacional, considerando ser uma ferramenta importante para a detecção precoce dos riscos de desenvolvimento de diabetes.

Palavras Chaves

Diabetes mellitus. Fatores de risco. Estilo de vida

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVAS- Universidade do Vale do SapucaÍ - Minas Gerais - Brasil

Autores

Vanessa Costa Gomes, Rebecca Neponucena Sobrinho, Jorge Luiz de Carvalho Mello, Josilene Cavalcante Pereira