14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Doença Coronariana Crônica Precoce: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

Segundo estudos, o risco de desenvolvimento de uma doença arterial coronariana (DAC) sintomática após 40 anos é de 49% para os homens e 32% para as mulheres. É uma doença que afeta predominantemente os indivíduos mais velhos, com baixa incidência em jovens, sendo que somente 3% de todos os casos de DAC ocorrem em pessoas com menos de 45 anos.

Objetivos

A apresentação incomum de doença coronariana crônica em paciente jovem, mostra que a investigação de angina estável em pacientes com menos de 45 anos e de baixo risco deve ser feita de maneira criteriosa. A literatura sobre este assunto é escassa e este trabalho pode servir como exemplo para outros pesquisadores.

Delineamento/Métodos

Descrição de Caso

Resultados

C.C.S., 35 anos, masculino, obeso, em Julho/2016 iniciou episódio de dor torácica aos esforços, necessitando ir ao Pronto Atendimento, onde foram feitos exames com resultados negativos para doença coronariana. O paciente continuou com dor precordial e dispneia aos esforços que foram piorando e limitando suas atividades. Em Junho/2017, após esforço físico intenso, iniciou quadro de dor torácica semelhante a anterior. Procurou cardiologista no dia 22/06/17, onde realizou Eletrocardiograma (ECG), demonstrando alteração de repolarização em parede ântero-septal e lateral; e foi solicitado o cateterismo cardíaco. O paciente chegou a nosso serviço no dia 28/06/17 com dor torácica aos pequenos esforços. Foi realizado ECG que mostrou a mesma alteração do exame anterior; e solicitado marcadores de necrose miocárdica que vieram negativos. Realizou o cateterismo cardíaco no dia 29/06/17 que evidenciou artéria descendente anterior ocluída no segmento proximal, com enchimento por colaterais de artéria coronária direita. Foi realizada angioplastia coronária com stent farmacológico. Paciente nega hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia e outras comorbidades. Nega tabagismo e etilismo. Nega história familiar de IAM precoce. No dia 30/06/17, realizou ecocardiograma transtorácico que evidenciou ventrículo esquerdo com alteração segmentar de contratilidade e função sistólica global preservada. Recebeu alta no mesmo dia, com orientações gerais.

Conclusões/Considerações finais

Mostramos o caso de um paciente com angina estável, que foi ignorada nos primeiros atendimentos médicos devido ao baixo risco para DAC, não realizando a estratificação com teste de esforço. Apesar de ser incomum, o caso nos mostra que os sintomas do paciente devem ser valorizados, mesmo com baixa idade e poucos fatores de risco.

Palavras Chaves

Angina Estável; Doença Arterial Coronariana; Risco Cardiovascular; Angioplastia coronária

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC - Espírito Santo - Brasil, Hospital Maternidade São José - HMSJ - Espírito Santo - Brasil

Autores

Flávia Magalhães Ribeiro, Letícia Pereira Alves, Henrique Fernandes Noé, Sérgio Rodrigues Maranha, Paulo Roberto Angelete Alvarez Bernardes