Título

TUMOR DO SACO VITELINO PRIMÁRIO DO MEDIASTINO

Fundamentação/Introdução

Tumores do Saco Vitelino (ou Seio Endodérmico) - um tipo histológico dos tumores de células germinativas (TCG) – são neoplasias malignas e raras (representam de 1% a 3,5% de todos os tumores mediastinais e de 1% a 2% de todos os TCG em homens).

Objetivos

Documentar o primeiro caso de Tumor do Saco Vitelino primário do mediastino.

Delineamento/Métodos

W.S.R., 18 anos, pardo, com relato de piora progressiva da dispneia nos últimos 2 meses evoluindo com dispneia em repouso, tonteira, dor torácica difusa e em aperto, tosse sem expectoração e perda ponderal. Ao exame físico foi observado sinais e sintomas da síndrome da veia cava superior e tamponamento cardíaco. A tomografia de tórax evidenciou volumosa massa sólida no mediastino superior. O diagnostico foi confirmado após realizar biopsia mediastino guiado por ultrassom e analise da peça - anatomopatológico. O programa terapêutico implementado foi a primeira linha de quimioterapia (PEB: Cisplatina, Eposida e Bleomicina).

Resultados

Ao fim de 4 ciclos foi feito revisão das imagens, nas quais houve redução de 30% da massa torácica, no entanto o marcador alfa-fetoproteina manteve-se elevada. Após três meses realizamos novos exames que mostraram progressão de doença mediastinal, metástase em fígado e pulmão, assim como elevação dos marcadores tumorais. Iniciamos segunda linha de quimioterapia com esquema TIP (Taxol, Ifosfamida e Platina) e após 4 ciclos houve nova progressão de doença e elevação de marcadores. Atualmente está realizando terceira linha de quimioterapia paliativa.

Conclusões/Considerações finais

Couto, W.J et. al. (2006) classifica os tumores de células germinativas primários do mediastino (TCGM) malignos em seminomatosos e não seminomatosos (entre outros TSV). Os tumores do Seio Endodérmico são neoplasias malignas e raras, que quando presentes em adultos, acometem homens jovens e caracteriza-se clinicamente por grandes massas mediastinais anteriores e localmente invasivas. Por tanto, os sintomas dependem do tamanho da lesão, sendo que os tumores maiores causam compressão de estruturas mediastinais adjacentes, enquanto que os menores podem ser assintomáticos. Para o diagnostico é necessário a realização de uma biópsia seguido do histopatológico. Nesta patologia o tratamento padrão é a quimioterapia em associação ou não com conduta cirurgia e para o seguimento os marcadores tumorais séricos são indispensáveis. Quanto ao prognostico, esses pacientes apresentam sobrevida em cinco anos ao redor de 40%.

Palavras Chaves

Tumor de saco vitelino; Tumor primário do mediastino; Alfa-fetoproteína.