14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Relato de Caso: Tratamento do Diabetes Auto-Imune Latente do Adulto em evolução

Fundamentação/Introdução

Tipo de diabetes tipo I.

Objetivos

Descrever um caso de Diabetes Auto-Imune Latente do Adulto e sua evolução com uso de hipoglicemiantes orais.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo relato de caso, desenvolvido a partir da observação clínica e revisão de prontuário.

Resultados

Paciente 22 anos, IMC=32,4; há 04 anos apresentou quadro de perda ponderal associada a polis com glicemia de 374mg/dl, prescrito Metformina com bom controle. Anti-TPO, Anti-GAD positivos. Novo descontrole glicêmico HbA1C 8,2%, acrescentado Glicazida e Sitagliptina. Após 18 meses estável, retornou descontrole HbA1C 8,7%, feita opção por Pioglitazona com melhora laboratorial HbA1C 7,4%. Mantém uso de Metformina, Glicazida, Sitagliptina e Pioglitazona com média glicose jejum 125mg/dL e HbA1C 7,2% sem indicação de Insulina até o momento.

Conclusões/Considerações finais

LADA pode ser definido como uma processo auto-imune progressivo caracterizado pela presença de anticorpos associados a DM I. Desenvolve-se na idade adulta e progride mais lentamente, exigindo tratamento com insulina numa fase posterior. Compartilha características com DM II, já que pacientes LADA tendem a apresentar resistência insulínica. Escolha da terapêutica é um desafio pela escassez de ensaios clínicos randomizados. Alguns trabalhos indicam que quanto mais cedo se iniciar insulinização, haverá efeito benéfico na defesa endógena da secreção de insulina, no entanto, esta conduta tem sido debatida. A utilização da Metfomina é baseado na observação de que a maioria dos pacientes, estão acima do peso, portanto, resistentes à insulina. Outra classe utilizada são Glitazonas, por causa da melhora na sensibilidade à insulina e efeito antiinflamatório; estudos experimentais indicam papel promissor na preservação das células-beta. Trabalhos mostram que o uso de sulfoniluréias leva à insulinização precoce, assim não deve ser considerada primeira linha. Quanto ao uso de inibidores de DPP-4, evidencia-se restauração de célula beta e diminuição do processo de apoptose das mesmas. Nossa paciente apresenta anticorpos positivos para auto-imunidade, está em uso de hipoglicemiantes orais há cerca de quatro anos sem uso de Insulina. Apesar do controle glicêmico satisfatório, a intervenção rigorosa com uso de Insulina seja a próxima conduta. No momento ainda não existe um consenso na literatura em relação ao tratamento ideal para os pacientes com LADA, assim é importante individualizar o tratamento baseando-se no quadro clínico e adequado controle laboratorial.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Francielle Santana Santos, Isabela Lima Emmanuel, Karina Schaivoni Scandelai Cardoso Reis