14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

INVESTIGAÇÃO METABÓLICA DE PACIENTES COM NEFROLITÍASE NO OESTE DO PARANÁ

Fundamentação/Introdução

A litíase renal apresenta-se como uma das doenças mais comuns do trato urinário, sendo a terceira afecção mais frequente deste sistema, responsável por acometer entre 5 a 10% da população mundial.

Objetivos

O objetivo desta pesquisa foi mostrar a prevalência das principais alterações metabólicas encontradas em pacientes com nefrolitíase no Oeste do Paraná.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo, analisando 1737 prontuários de pacientes adultos com diagnostico de nefrolitíase, na cidade de Cascavel, que foram atendidos em uma clínica privada de nefrologia no período de 2005 a 2016. Os critérios de inclusão foram a eliminação espontânea, endoscópica e cirúrgica de cálculos renais e/ou confirmação radiológica de sua presença no trato urinário. Foram coletados os seguintes dados: identificação, gênero, idade, exames laboratoriais e exames de imagem.

Resultados

Foram avaliados 1737 prontuários de pacientes litiásicos, sendo 952 mulheres (54,8%) e 785 homens (45,1%). Dos 902 pacientes que completaram o estudo metabólico, 482 eram mulheres (53,4%) e 420 homens (46,6%). As alterações metabólicas mais encontradas, por ordem de frequência, foram: hipercalciúria (45,4%), hiperuricosúria (25,1%), hipocitratúria (21,4%), baixo volume urinário (18%), infecção do trato urinário (11,6%), hiperoxalúria (5,3%), hiperparatireoidismo (4,3%), cistinúria (0,5%) e acidose tubular (0,4%). As principais afecções metabólicas nas mulheres foram: hipercalciúria (40,9%), infecção do trato urinário (23,2%), hipocitratúria (22,4%), baixo volume urinário (20,5%) e hiperuricosúria (16%). Nos homens, as alterações metabólicas mais encontradas por ordem de frequência foram: hipercalciúria (50%), hiperuricosúria (34,3%), hipocitratúria (20,5%) e baixo volume urinário (15,5%).

Conclusões/Considerações finais

Este trabalho serviu de base para o conhecimento do perfil metabólico dos pacientes litiásicos em nossa região, confirmando dados da literatura das alterações metabólicas mais prevalentes, como hipercalciúria, hipocitratúria e a hiperuricosúria. Portanto, o estudo conclui que a elevada prevalência dos distúrbios metabólicos associados á litíase renal justifica a investigação sistemática dos pacientes litiásicos, a qual possibilitará a tomada de medidas terapêuticas e preventivas que possam contribuir na diminuição de sua recorrência.

Palavras Chaves

Palavras-chave: Nefrolitíase e alterações metabólicas.

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz - Paraná - Brasil

Autores

ADRIANA FERNANDES SILVA, Aline Krampe PERES, Francilayne Morreto SANTOS, Michel Roberto MANDOTTI, Luís Alberto Batista PERES