O impacto do gerenciamento do protocolo de Dor Torácica no índice de mortalidade por Síndrome Coronariana Aguda
Para todo paciente que dá entrada no serviço de Emergência com queixa de dor torácica, é aplicado protocolo para obter diagnóstico preciso e iniciar tratamento rápido e adequado. Para a confirmação diagnóstica em pacientes com dor torácica compatível com isquemia miocárdica, utiliza-se o eletrocardiograma, na chegada do paciente à emergência, este exame tem baixo custo e possui ampla disponibilidade. Além deste, os marcadores bioquímicos de lesão miocárdica também são fundamentais para a confirmação diagnóstica. Quando houver forte suspeita de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), protocolos específicos devem ser iniciados. Na instituição pesquisada, utiliza-se o protocolo de dor torácica na emergência adulto, que contém um fluxograma a ser seguido, a fim de prestar uma assistência eficaz ao paciente com sinais e sintomas sugestivos de Síndrome Coronariana Aguda (SCA).
O objetivo do estudo foi perceber a qualidade assistencial através do uso de protocolos embasados na medicina baseada em evidência.
A pesquisa tem caráter quantitativa. Os dados foram extraídos através do gerenciamento do protocolo de dor torácica, com base em informações retiradas por relatórios que mostram os atendimentos emergenciais que realizaram ECG, e a análise do prontuário eletrônico do paciente, em uma instituição privada de Joinville/SC (menores de 18 anos foram excluídos da amostra). O estudo aconteceu no período de um ano, de maio de 2016 a maio de 2017.
Foi verificado que dos 1657 pacientes com entrada no pronto-atendimento hospitalar com queixa de dor torácica, 471 (28,42%) receberam AAS profilático por se tratar de suspeita de SCA, destas suspeitas, 92 pacientes foram diagnosticados com IAM (19,96%). Os IAM foram divididos em IAM com supra desnivelamento do segmento ST, 28,26% dos casos, e IAM sem supra desnivelamento do segmento ST, 71,74%. Em todos os casos em que houve indicação de angioplastia o procedimento foi executado com sucesso. A mortalidade dos pacientes internados com IAM foi de 2,17%. A maioria era do sexo masculino (67,39%) com média de idade de 59,72 anos.
A análise comparativa com os dados anuais da ANAHP que trazem como taxa de mortalidade de IAM de 5,5% no ano de 2015, o que nos faz perceber os resultados positivos nesta instituição. Podemos afirmar também que a adesão a um protocolo assistencial baseado em evidências científicas, impacta positivamente nos resultados indo ao encontro do nosso objetivo que é a qualidade na assistência e segurança ao paciente.
Síndrome Coronariana Aguda. Infarto do Miocárdio. Protocolos Clínicos Segurança do Paciente.
Clínica Médica
Hospital Dona Helena - Santa Catarina - Brasil
Paulo Eduardp Pertsew, Nelson Malagoli Farias Santos, Patricia Laura Lopez Chaves, Melissa Perozin, Ana Maria Espirito Santo de Brito