PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA QUEDAS EM IDOSOS NA UBS ALTER DO CHÃO
Cerca de 30 a 60% dos idosos caem ao menos 1 vez/ano e aproximadamente a metade cai de forma recorrente. Os acidentes são a 5ª causa de morte entre idosos e as quedas são responsáveis por 2/3 dessas mortes acidentais.
Conhecer os fatores de risco predominantes para quedas nos idosos atendidos na Unidade Básica de Saúde Alter do Chão. Verificar quais fatores que predominam naqueles que tiveram histórico de quedas, bem como verificar quais fatores de risco os idosos que ainda não tiveram quedas possuem.
Trata-se de um estudo analítico e quantitativo, sendo uma pesquisa descritiva, baseada em um levantamento transversal.
Foram analisados 66 formulários, obtendo-se 32 relatos de idosos com quedas prévias e 34 relatos de idosos sem histórico de quedas. Com relação às variáveis analisadas, o sexo feminino foi a mais prevalente, totalizando 28 (87,5%) dos 32 idosos com relatos de quedas. No que tange à faixa etária, a faixa predominante foi a de 66 a 70 anos. Além disso, a cor parda (n=29) e a situação conjugal de casado, 15 (46,87%), seguidos de 12 (37,5%) para viúvos, foram as mais recorrentes. Paralelamente, foi marcante a predominância do número de idosos com histórico de quedas aposentados (72%) e com a escolaridade de 1º grau incompleto. Acerca da dos hábitos de vida, 13 idosos referiram morar com 2 ou 3 pessoas, representando 41% do total contabilizado, sendo 12 mulheres e um homem, dos 13. Houve também 18 idosos que referiram nunca terem fumado e 19 nunca terem bebido. Os sedentários prevaleceram com 69% (n=22). Sobre a percepção de saúde, notou-se que 18 dos 32 relatos foram da autopercepção regular e 15 referiram fazer uso de 1 a 2 medicações, equivalentes a 47%.
Diante dos dados apresentados, fica claro a presença marcante de muitos fatores de risco comuns a grande parte dos idosos atualmente. Além disso, concluiu-se também que grande parte dos idosos que não referiram quedas prévias, possuem muitos dos fatores de risco daqueles que referiram, ou seja, apresentando-se com riscos reais de futuros episódios de quedas. Pôde-se demonstrar a real multicausalidade do fenômeno que são as quedas. Os fatores de risco para quedas em idosos prevalentes sugerem a necessidade do desenvolvimento de atividades especialmente para esse segmento social e que colaborem também para a reflexão sobre a importância da atenção primaria de saúde como instrumento de prevenção e promoção da saúde.
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Clínica Médica
Universidade do Estado do Pará (UEPA) - Pará - Brasil
CARINE LURI LIMA FUKASE, VIVALDO GEMAQUE ALMEIDA, EMILIO CHAVES ROCHA