Título

Potenciais benefícios do exercício físico como fator neuroprotetor frente ao alcoolismo de ratos.

Fundamentação/Introdução

A prevalência de alcoolismo na população idosa mundial é de 10% (BORGSTRAND et al, 2013). O consumo de álcool pode produzir déficits de memória e, conforme a quantidade de álcool aumenta, há comprometimento cognitivo (NIAAA, 2004). As alterações morfológicas estruturais do SNC são por ação direta do álcool no tecido nervoso com diminuição no número de células nervosas (MANN et al, 2001). O exercício físico é capaz de proteger contra danos advindos do estresse oxidativo, como os causados com a ingestão de álcool, reduzindo a ocorrência de morte celular (LEASURE & NIXON, 2010).

Objetivos

1) Avaliar e comparar os níveis de intoxicação alcoólica, durante quatro dias, em animais do grupo alcoolizado (GA) e animais do grupo exercício com posterior alcoolização (GEA), ao longo do protocolo binge drinking, 2) Investigar o potencial efeito neuroprotetor do exercício físico e se os mecanismos fisiológicos relacionados à ele podem contribuir para que se constitua uma estratégia preventiva ou mesmo uma terapia coadjuvante para o tratamento de dependentes químicos de etanol

Delineamento/Métodos

20 ratos machos da linhagem Wistar divididos em dois grupos: grupo alcoolizado (GA, n=10) e grupo exercício físico com posterior alcoolização (GEA, n=10), sendo executado um programa de exercícios aeróbicos em esteira, constituído por 26 sessões de corrida contínua. Terminado o programa de exercícios físicos, os animais GA e GEA foram submetidos ao protocolo de alcoolização proposto por Nixon & Crews (2002), tendo sido alcoolizados durante o período de 4 dias, com 3 doses ao dia e avaliados de acordo com a escala de intoxicação (MAJCHROWICZ, 1975).

Resultados

Por meio do teste estatístico Chi-Square test constatou-se a prevalência menor de óbitos no GEA após 12 doses de alcoolização, onde a taxa de mortalidade no GEA foi de 20% e no GA de 50%. Por meio do teste não paramétrico de Mann-Whitney, foram comparados os níveis de intoxicação dos animais de ambos os grupos ao longo do período de intoxicação, e foi constatado que não houve diferenças significativas quando comparados os sintomas de intoxicação entre o GA e GEA.

Conclusões/Considerações finais

A realização de um treinamento sistemático de 26 dias antes do período de alcoolização foi capaz de exercer neuroproteção contra a intoxicação por etanol.

Palavras Chaves

exercício físico, alcoolismo, neuroproteção