14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Plasmocitoma Mandibular, uma manifestação inicial atípica do Mieloma Múltiplo: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: Plasmocitoma é uma doença imunoproliferativa e monoclonal de células B, que se origina de um clone de plasmócitos que malignizaram. Pode apresentar-se como uma lesão localizada (plasmocitoma solitário ósseo 4% e plasmocitoma extramedular 2%) ou disseminada (mieloma múltiplo - MM 94%). As manifestações do MM em cabeça e pescoço são comuns, mas geralmente ocorrem nos estágios finais da doença, o envolvimento mandibular como sinal inicial de apresentação é raro. O MM pode cursar com dor e fraturas ósseas, infecções, hipercalcemia, insuficiência renal, e anemia. Porém, alguns pacientes são assintomáticos dificultando seu diagnóstico.

Objetivos

OBJETIVO: Apresentar um caso de plasmocitoma mandibular como manifestação inicial do MM.

Delineamento/Métodos

DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente M.R.S., sexo masculino, 47 anos, procurou atendimento médico com relato de nódulo em região oral de aparecimento há 4 meses que evoluiu rapidamente para uma massa mandibular volumosa. Este tumor gerava assimetria de face, dor intermitente e mostrava-se na tomografia computadorizada como uma lesão expansiva lítica, medindo 7,0x5,0cm, acometendo região mentoniana/ramo mandibular direito com invasão de partes moles do assoalho da boca. Realizou biópsia local constatando lesão plasmocitóide e posteriormente foi solicitado estudo imunohistoquímico classificando a neoplasia como plasmocitoma. Aos exames de diagnóstico e estadiamento para MM obteve-se mielograma com infiltração plasmocitária 14%, eletroforese de proteínas com pico monoclonal em gama/beta, imunofixação positiva IgA/Lambda, dosagem elevada de IgA, raioX de ossos longos com lesões osteolíticas em região craniana, cálcio 9,6mg/dL, beta-2 microglobulina 1,82mg/L e albumina 3,81g/dL -estádio I do Índice de estadiamento internacional. Iniciou radioterapia (RT) em ramo mandibular com dose de 4.000cGy em 20 frações e quimioterapia (QT) VTD + zometa. Ao final da RT houve redução de mais de 50% da lesão tumoral e após 4° ciclo de QT foram realizados novos exames evidenciando remissão completa de doença com posterior transplante autólogo de medula óssea. Desde então paciente em uso de zometa a cada 28dias, em acompanhamento onco-hematológico trimestral, mantendo-se em remissão.

Resultados

-

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES: A apresentação do MM a partir de um plasmocitoma mandibular é rara, mas é necessário pensar nesse diagnóstico diferencial quando for encontrado lesões osteolíticas na radiografia de mandíbula, pois seu diagnóstico precoce possibilita um tratamento mais eficaz.

Palavras Chaves

plasmocitoma; mieloma múltiplo; mandíbula

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Municipal de Governador Valadares - Minas Gerais - Brasil, Núcleo de Especialistas em Oncologia do Hospital Bom Samaritano - Minas Gerais - Brasil, Universidade Federal de Juiz de Fora - campus avançado Governador Valadares - Minas Gerais - Brasil

Autores

Pâmella Castro Justino Oliveira, Rodrigo Dutra Fontes, Vanessa Ramos Motta