Título

Prevalência da Síndrome de Burnout em médicos residentes do Hospital Getúlio Vargas

Fundamentação/Introdução

Burnout é uma síndrome pouco conhecida entre médicos residentes, porém bastante freqüente. Trata-se de uma resposta a um prolongado estresse ocupacional, sendo caracterizada por alta exaustão emocional, alta despersonalização e baixa realização profissional.

Objetivos

Determinar a prevalência da Síndrome de Burnout em médicos residentes e avaliar sua relação com carga horária de trabalho, especialidade médica, ano que cursa na residência, sexo, idade e estado civil.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um estudo observacional, no Hospital Getúlio Vargas, Recife-PE, no período de julho a agosto de 2008. A Síndrome de Burnout foi avaliada pelo Malasch Burnout Inventory (MBI-HSS). Neste estudo foi considerado Síndrome de Burnout quando um alto escore para exaustão emocional, despersonalização e baixo escore para realização profissional estavam presentes simultaneamente. A presença de dois critérios foi considerada risco para Burnout.

Resultados

Participaram do estudo 79 (96,34%) dos médicos residentes. Foi dado diagnóstico da Síndrome de Burnout em 25 (31,6%) dos mesmos. Obteve-se uma maior prevalência da Síndrome em homens (68%), solteiros (72%), nos que não conheciam a síndrome (56%), nos com carga horária maior que 72h/sem. (72%), nos que estavam cursando o 2 ano (40%) e nas especialidades cirúrgicas, cirurgia geral (50%) e ortopedia (43,47%). Quando utilizado o odds ratio para estas variáveis encontramos risco, porém nenhum foi estatisticamente significativo. Exaustão emocional alta foi encontrada em 53 (67,1%), despersonalização alta em 55 (69,6%) e baixa realização profissional em 34 (43%).

Conclusões/Considerações finais

A prevalência da Síndrome de Burnout em médicos residentes neste estudo foi compatível com a literatura. Nenhum dos fatores de risco avaliados esteve relacionado à maior prevalência da síndrome.

Palavras Chaves

Burnout; Síndrome de Burnout; Residente Burnout