14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Flutter atrial não associado a doença cardíaca estrutural

Fundamentação/Introdução

O flutter atrial é uma taquiarritmia supraventricular caracterizada por ritmo cardíaco anormal. Tem como características eletrocardiográficas a presença de ondas F que são melhor visualizadas nas derivações de parede inferior. Corresponde a aproximadamente 10% das arritmias supraventriculares sendo que 1,7% dos casos de flutter são considerados flutter isolado. Os principais fatores de risco são: coronariopatias, hipertensão arterial sistêmica, valvulopatias, miocardiopatias, idade avançada, arritmia prévia e cirurgia cardíaca prévia.

Objetivos

Descrever um caso de Flutter Atrial sem doença cardíaca estrutural associada que representam apenas 1,7% dos casos dessa arritmia supraventricular.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo observacional do tipo relato de caso, desenvolvido a partir da observação clínica e revisão de prontuário.

Resultados

D.J.S, 60 anos, masculino, casado, natural do Rio do Janeiro, hipertenso e diabético. Apresentava história de episódios de pré-sincope, palpitações, dispneia e tontura há 2 anos inicialmente associados a esforço físico que evoluiu para o repouso e um episódio de síncope. Iniciada a investigação ambulatorial com teste de esforço, ecocardiograma e cinecoronariografia sem alterações. Diante da persistência dos sintomas procurou o serviço de emergência de Macaé onde deu entrada com a mesma sintomatologia, sem sinais de instabilidade hemodinâmica e ausência de isquemia nos marcadores de necrose miocárdica. O eletrocardiograma mostrou taquicardia supraventricular com presença de ondas F na condução 2:1 principalmente em DII, DIII e AVF além de bloqueio de ramo direito de 3° grau evidenciado por rsR’ em V1 associado a empastamento de onda S em v5, v6 e DI. Foi transferido para o Hospital São João Batista para investigação etiológica e condução clínica. Na admissão apresentava-se estável clinicamente, eletrocardiograma compatível com flutter atrial e frequência cardíaca controlada após uso de beta bloqueador.

Conclusões/Considerações finais

O flutter atrial não associado a doença cardíaca estrutural corresponde a uma pequena parcela dos casos dessa patologia. Essa condição possibilita o paciente um melhor prognóstico pois a chance de recidiva após o tratamento definitivo é menor e há menos complicações relacionadas. O diagnóstico pode ser feito a partir dos sinais e sintomas associados a presença das alterações eletrocardiográficas típicas que é um exame complementar barato e de fácil acesso.

Palavras Chaves

Flutter Atrial; Arritmia Supraventricular; Cardiologia

Área

Clínica Médica

Instituições

UFRJ Campus Macaé - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Victor Caires Tadeu, Nayara Ramos Antelo, Nilton Ferreira da Costa Junior