14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Miocardiopatia dilatada de início recente com evolução desfavorável: relato de caso

Fundamentação/Introdução

A miocardiopatia é uma doença primária do músculo cardíaco causada por anormalidades funcionais e estruturais dos cardiomiócitos sendo uma importante causa de morte súbita cardíaca e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). É definida pelo alargamento de um ou ambos os ventrículos acompanhada de disfunção sistólica. O fenótipo dilatado é o mais comum, dentro deste 50% não tem sua causa estabelecida, sendo atribuída a designação de idiopática.

Objetivos

Estudo de cardiomiopatia dilatada em paciente jovem.

Delineamento/Métodos

Estudo descritivo por análise de prontuário e exames complementares.

Resultados

Paciente de 46 anos, sexo feminino, hipertensa há 6 meses realizou consulta cardiológica devido controle inadequado da pressão arterial. Assintomática no momento da consulta, tabagista e sedentária. Nega uso de álcool e/ou drogas. Ecocardiograma (ECO) transtorácico identificou apenas disfunção diastólica tipo 1. Iniciado terapia com anti-hipertensivos. Após dois anos retorna relatando internação em unidade de terapia intensiva com edema agudo de pulmão, cardiomegalia, ICC e hipertensão severa. Eletrocardiograma evidenciando bloqueio completo de ramo esquerdo com QRS 150ms. ECO na internação demonstrou cardiopatia dilatada (MCPD) com aorta 35mm, átrio esquerdo 43mm, ventrículo esquerdo (VE) em diástole 65mm, VE em sístole 54mm, septo interventricular de 8mm, parede posterior de 10mm e fração de ejeção 35%. Cineangiocoronariografia com ausência de estenoses coronárias. Ressonância magnética miocárdica com disfunção bi-ventricular e sem sinais de fibrose ou infiltração miocárdica. Teste Ergoespirométrico: consumo máximo de oxigênio durante exercício de 11 ml/kg/min, classe funcional da New York Heart Association (NYHA) III persistente. Prescrito carverdilol, perindopril, espironolactona, digoxina, furosemida, ivabradina. Indicada terapia de ressincronização ventricular e atrioventricular. Mantém classe funcional NYHA III. Realizou novo ECO há 1 mês que mostrou aorta 33mm, átrio esquerdo 45mm, ventríc

Conclusões/Considerações finais

Embora sua etiologia seja desconhecida, vêm se acumulando evidências das alterações celulares, moleculares e imunológicas envolvidas nesta gênese. Na investigação da miocardite aguda e da MCPD idiopática em pacientes com ICC de início recente e evolução desfavorável pode-se considerar biópsia endomiocárdica, além de serem referidos a centros terciários devido ao pior prognóstico. A MCPD idiopática é uma das principais causas de ICC no Brasil, podendo resultar em edema agudo de pulmão e/ou choque cardiogênico.

Palavras Chaves

Miocardiopatia dilatada, insuficiência cardíaca congestiva

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário do Espírito Santo - Espírito Santo - Brasil

Autores

Paula Gomes Martins, Julia Assis Pires, Lais Vago, Patricia Murad