Título

Insuficiência renal terminal em adulto jovem: relato de caso

Fundamentação/Introdução

A insuficiência renal crônica (IRC) é definida como a perda geralmente irreversível, progressiva da taxa de filtração glomerular, resultando na síndrome denominada uremia, a qual na fase terminal é incompatível com a vida.

Objetivos

Apresentar caso clínico de um jovem, que apresentava hipertensão arterial sistêmica (HAS) e evoluiu, em um curto período de tempo, para IRC terminal.

Delineamento/Métodos

Revisão de Prontuário

Resultados

Descrição do Caso: IRS, masculino, 24 anos, chega ao hospital encaminhado devido à hiperpotassemia. Paciente encontrava-se assintomático. Ao exame físico, pressão arterial de 140X80, aparelhos cardiovascular e respiratório sem alterações e ausência de edema em membros inferiores. Apresentava HAS, tratada com losartana e fazia acompanhamento da redução da taxa de filtração glomerular com nefrologista. Hemograma de admissão com hemácias 3,55, hemoglobina 10,5, hematócrito 30,2, leucócitos 8.800, plaquetas 358.000, urina 1 proteinuria e hemoglobinúria de +++/ 4+, hematúria de 585.000, fosforo 7,0, cloreto 100, sódio 131, potássio 5,4, cálcio 8,9, magnésio 2,9, creatinina 7,68, ureia 171 e PCR 0,23. Gasometria arterial com pH 7,326, PCO2 36,1, PO2 28, HCO3 18,8, Na 132, K 5. Eletrocardiograma apresentando onda T apiculada em parede anterior. Foi realizado no pronto atendimento Furosemida e Sorcal, com melhora dos níveis de potássio para 4,7. Internado para acompanhamento e investigação. Dois dias após admissão, exames de controle evidenciam que não houve queda dos complementos C4, C3, CH50, FAN negativo, HIV 1 e 2 não reagentes, sorologias para hepatites não reagentes, ureia 166, creatinina 7,57, clearence de creatinina 9,45, fosforo 7,4, cálcio 9,2, magnésio 2,6, sódio 131,4, potássio 5. Devido ao quadro de uremia, paciente precisou ser submetido à hemodiálise. Foi realizada biopsia renal, a qual demonstrou rim em estado terminal, nefropatia crônica túbulo-intersticial com esclerose glomerular global e fibrose intersticial difusa, arteriosclerose acentuada, obliterante e concêntrica. Atualmente paciente segue em programa de diálise e na fila para transplante renal.

Conclusões/Considerações finais

A IRC terminal em pacientes adultos jovens é uma entidade clínica incomum. Tais pacientes são fortes candidatos ao transplante renal devido ao grande tempo que precisariam dispor do programa de diálise. O paciente do caso clínico apresentava como sintomas a HAS, uremia e hiperpotassemia, que evoluíram de forma fulminante para IRC na fase terminal.

Palavras Chaves

Insuficiencia Renal Cronica

Área

Clínica Médica