Título

Insuficiência Renal em Unidade de Terapia Intensiva de Hospital da Região Leste de São Paulo

Fundamentação/Introdução

Nossa Unidade de Terapia Intensiva tem como casuística 85% de admissões por causas clínicas e 15% devido a etiologias cirúrgicas. O presente trabalho foi realizado abarcando o período de janeiro de 2015 até dezembro de 2016, no hospital Geral de Guaianases Jesus Teixeira da Costa.
Dada a alta mortalidade que se associa a pacientes que evoluem com insuficiência renal aguda, valores que podem chegar até 50%, dados estes já demostrados na literatura, nos quisemos fazer um levantamento global que inclui-se os quadros de insuficiência renal crônica que por diversas causas descompensavam e tiveram necessidade de suporte dialítico.

Objetivos

Demostrar a mortalidade global por insuficiência renal incluindo as causas crônicas e agudas.

Delineamento/Métodos

Foram avaliados retrospectivamente 38 pacientes neste período na UTI do HGG, fizeram parte deste estudo os pacientes que já tinham diagnóstico insuficiência renal crônica é tinham necessidade de suporte dialítico de urgência e aqueles que durante sua internação por outras causas evoluíram com insuficiência renal aguda e precisaram de suporte dialítico.

Resultados

A idade média dos pacientes foi 61,5 anos, com um APACHE II meio de 30, com taxa mortalidade prevista de 73%, um SAPS SCORE de 64 com SAPS risco de 44%. A prevalência em homens foi de 66% e 34% em mulheres, a mortalidade global por gêneros foi de 15,7% no grupo mulheres e 26,3% no grupo homens, sendo que a mortalidade global observada no período foi de 42%.
Insuficiência Renal representa a terceira causa de internação na nossa Unidade de Terapia Intensiva.

Conclusões/Considerações finais

Este trabalho demostrou que a mortalidade renal devido a causas crônicas e agudas é de 42% na nossa UTI, outro fato que merece destaque é que a prevalência da doença e mortalidade são maiores nos homens.
Os quadros de insuficiência renal crônica descompensada se devem em primeiro lugar a má aderência ao tratamento, seguido de descompensações por quadros hipertensivos e posteriormente resultado de processos infecciosos todo isto representa 78% das internações devidas a causas renais crônicas, o resto das internações são devido a outras causas que evoluíram para insuficiência renal aguda com necessidade de suporte dialítico, e que representam na nossa casuística 12% de todas as internações na unidade, A mortalidade e alta, trabalhos de educação populacional devem ser feitos a fim de tratar de minimizar esta realidade.

Palavras Chaves

Insuficiência Renal, suporte dialítico, insuficiência renal crônica, insuficiência renal aguda, mortalidade.