Comportamento epidemiológico da febre maculosa no Brasil, Rio de Janeiro e Itaperuna/RJ de 2005 a 2015.
A febre maculosa, patologia infecciosa de notificação compulsória, causado por bactéria do gênero Rickettsia apresenta clinica variável e alta taxa de letalidade. Sua prevalência é regionalizada e pouco reconhecida por médicos fora destas áreas, denotando sua importância dentro da clinica e epidemiologia. De forma que são necessárias pesquisas e vigilâncias epidemiológicas continuas, auxiliando na prevenção de casos novos.
Descrever o comportamento epidemiológico da febre maculosa no Brasil, Rio de janeiro e na cidade de Itaperuna/RJ dos anos de 2006 a 2016.
Estudo quantitativo observacional transversal realizado através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), assim como a documentação e prontuários disponibilizados pela prefeitura de Itaperuna/RJ para levantamento de dados referentes aos casos de febre maculosa durante o período de 2005 a 2015.
No Brasil durante o período estudado foram notificados 1437 casos da doença, sendo a grande maioria ocorrida nos estados do sudeste. No Rio de Janeiro ocorreram 123 casos, correspondente a 8,55% dos casos. Enquanto o município de Itaperuna/RJ foi registrado 20 casos. Outros dados analisados foram óbitos, sexo e idade dos pacientes acometidos pela infecção. As taxas de óbitos quanto a sua porcentagem, referente ao número de notificações, demonstrou que no Brasil 28,67%, Rio de janeiro 26,82% e em Itaperuna 40% respectivamente. Quando se analisa os casos em nível nacional, o sexo masculino foi responsável por aproximadamente 70% de todos os diagnósticos, no estado do Rio de janeiro essa taxa cai para 63,44% enquanto em Itaperuna a taxa de infecção masculina foi de 75%. A faixa etária mais acometida foi entre de 20 a 59 anos, exceto Itaperuna onde se avalia uma maior dispersão dos casos, sendo de 40 a 59 responsável por 6 casos e as faixas etárias 15-19, 20-39 e 65-69 empatadas com 2 casos registrados cada.
A febre maculosa apresenta aspectos bem delimitados quanto a sua infecção, com um maior risco para o sexo masculino na faixa etária adulta. Essa prevalência se deve a expressiva exposição no trabalho ou tipo de lazer comumente adotado nesta área, expondo-os a fatores de risco ou locais com acentuada população do vetor causador da doença.
Clínica Médica
UNIG - Rio de Janeiro - Brasil
Naiana Cristiani Filippi, Jaylla Fernanda Ferreira Oliveira Raeli, Roger Willian Pires, Victor Lopes Brum, Neide Correa Novaes Gomes