Título

ESCORES DE MORTALIDADE EM PACIENTES QUEIMADOS ADMITIDOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL JOÃO XXIII – FHEMIG, BELO HORIZONTE, MG

Fundamentação/Introdução

Alguns escores de prognóstico em pacientes queimados têm apresentado uma boa performance, com áreas sob a curva ROC maior que 0,9. Poucos trabalhos avaliaram estes escores em pacientes queimados admitidos em unidades de terapia intensiva.

Objetivos

Fazer comparativo de performance na curva ROC de 4 escores aplicados para grupo de pacientes queimados admitidos em terapia intensiva.

Delineamento/Métodos

Estudo retrospectivo avaliando os escores APACHEII, SAPSIII, ABSI escore e Baux escore em pacientes vítimas de queimaduras admitidos em unidade de terapia intensiva. Os escores foram calculados a partir dos dados coletados nos prontuários dos pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva de Queimados (UTQ) do Hospital João XXIII durante o ano de 2015, instituição referência em trauma e grandes queimados do estado de Minas Gerais.

Resultados

No período de um ano foram admitidos 136 pacientes vítimas de queimaduras na UTQ do Hospital João XXIII. A idade média foi de 44,3 anos sendo 65,4% homens. A mortalidade na unidade foi de 33,8% e a mortalidade hospitalar foi de 36%. As áreas sob a curva ROC foram: ABSI escore, 0,850 (0,768-0,932); SAPS3, 0,839 (0,762-0,915); Baux escore, 0,831 (0,748-0,915); SOFA, 0,825 (0,740- 0,910); área superfície corpórea queimada, 0,808 (0,712-0,904); e APACHEII, 0,786 (0,693-0,879).

Conclusões/Considerações finais

O escore com melhor área sob a curva ROC foi o ABSI escore, entretanto os demais apresentaram curvas ROC similares, sem diferenças estatísticas entre suas áreas. Tanto os escores de terapia intensiva quanto os específicos para queimados são ferramentas precisas e bons preditores de mortalidade em pacientes queimados admitidos em unidade de terapia intensiva.

Palavras Chaves

“burns”; “scoring system”; “predictors of mortality”; “intensive care”

Área

Clínica Médica