14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

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MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Incidência de mortes por Lesão Renal Aguda no Nordeste

Fundamentação/Introdução

A lesão renal aguda (LRA) pode ser definida como uma redução súbita da função renal, principalmente, no que diz respeito a filtração glomerular e volume urinário que afeta também a homeostase hidroeletrolítica e o equilíbrio ácido básico. Apesar dos avanços tecnológicos, a discussão é de extrema importância, pois o prognóstico da LRA continua grave com mortalidade em cerca de 50% dos casos.

Objetivos

Identificar a prevalência de mortes devido à lesão renal aguda no Nordeste em comparativo com a mortalidade geral.

Delineamento/Métodos

Foi realizado um estudo analítico transversal do tipo ecológico em que se analisou quantitativamente o número de óbitos relacionados à insuficiência renal aguda no Nordeste de 2010 a 2014, disponível na base de dados DATASUS, através da Categoria CID-10: N17 (insuficiência renal aguda). Estes dados foram analisados de acordo com as variáveis: ano, faixa etária, sexo, local de ocorrência e um comparativo com a mortalidade geral da região.uda no Nordeste em comparativo com a mortalidade geral.

Resultados

Os dados do DATASUS revelaram que os casos de mortalidade por lesão renal aguda foram de 3.158; 3.343; 3.497; 3.774 e 4.036; respectivamente. De acordo com a faixa etária, chamam atenção os índices em adultos a partir de 70 anos, 4.341 casos, e maiores de 80 anos, 6.683 casos, porém, nota-se aumento considerável da mortalidade a partir dos 50 anos. Na variável sexo, observaram-se valores levemente aumentados em homens com 9.621 óbitos a 8.181 em mulheres. Além disso, em todas as faixas etárias houve prevalência do sexo masculino, exceto, na faixa de mais de 80 anos que o feminino prevaleceu. Quanto ao local de ocorrência, o maior número de óbitos ocorreu a nível hospitalar com 16.158 óbitos de um total de 17.808. A mortalidade geral neste período foi de 1.526.073 óbitos e a LRA representa cerca de 1,1% deste valor.

Conclusões/Considerações finais

O manejo da LRA requer um diagnóstico precoce através de exames laboratoriais e sinais clínicos para que seja identificada a etiologia do quadro e tratamento adequado. Por se tratar de um evento hipercatabólico, é necessário prevenir infecções, hipercalemia, hiper-hidratação e nefrotoxicidade. A prevenção de danos evita que o paciente evolua para tratamento dialítico e eleva consideravelmente a chance de vida do paciente, pois o atraso diagnóstico e a conduta inadequada estão associados a aumento da mortalidade.

Palavras Chaves

Lesão Renal; Função Renal

Área

Clínica Médica

Autores

Ana Luisa Nunes Meira, Iago Marques de Oliveira Batista, Christiane Maria Costa Dias de Barros, Natália Assis da Nóbrega, Mateus César de Araujo Rodrigues