14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DO FLUXO ASSISTENCIAL DA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Fundamentação/Introdução

Um hospital de Urgência e Emergência divide-se em eixos, áreas e planos, coordenados com o Sistema de Acolhimento com Classificação de Risco (ACR), organizando o fluxo (HumanizaSUS). Se há interrupção desta cadeia, surgem ruídos em todo o fluxo assistencial.

Objetivos

Descrever a fase exploratória do campo de trabalho, cujo objetivo é entender a organização e o funcionamento da Urgência e Emergência (UE), em hospital público de grande porte de abrangência regional.

Delineamento/Métodos

Trata-se de estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados através de observação participante da rotina dos profissionais da Urgência e Emergência e do acompanhamento do andar de usuários dentro da unidade, no período de março a dezembro de 2016. Utilizou-se também o fluxograma analisador, sendo possível descrever ruídos do processo de trabalho (PT) e o modo que como se ordena o fluxo assistencial. Esta pesquisa é realizada por alunos e docentes da graduação em Medicina, no Observatório Microvetorial de Políticas Públicas em Saúde e Educação em Saúde da UFRJ/ Macaé.

Resultados

Os ruídos entre profissionais são: falta de comunicação e entrosamento, sobrecarga na recepção/triagem, plantões exaustivos, ausência de protocolo, despreparo para o ACR. Entre usuários: demora no atendimento, falta de informação, percurso longo/confuso no atendimento. Entre gestores: falta de comunicação com o restante da equipe, falta de apoio para implantar o ACR. As interações entre profissionais são obstrutivas/sobrepostas, provocando estrangulamentos de fluxo/represamento de pessoas em algumas áreas: superlotação da área vermelha congestiona a amarela, com pacientes em estado grave junto com já os estabilizados. A verde fica com pacientes da área amarela, juntamente os da observação.

Conclusões/Considerações finais

Os ruídos observados refletem o fluxo assistencial confuso. O Humaniza SUS propõe que um hospital de UE organize-se em eixos (vermelho/azul), áreas (vermelha/amarela/verde) para que as intervenções ocorram no momento oportuno de acordo com risco de vida, e respeitando direitos dos usuários. Sua implementação depende da gestão compartilhada.

Palavras Chaves

ACR; SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE; URGÊNCIA E EMERGÊNCIA; GESTÃO HOSPITALAR.

Área

Clínica Médica

Autores

Mariana de Oliveira Tavares, Bruna do Nascimento Villela, Letícia Rodrigues de Almeida, Cyntia Fiuza Morais, Kathleen Tereza da Cruz