14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Sindrome Hellp Puerperal em paciente portadora de Cardiopatia Reumática Mitral – Relato de caso

Fundamentação/Introdução

O conceito de Síndrome HELLP está relacionado a uma variação crítica da pré-eclâmpsia ou da eclampsia associadas a considerável morbimortalidade materno-fetal, caracterizando-se com a presença de hemólise (H), elevação de enzimas hepáticas (EL) e trombocitopenia (LP).

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente puérpera cardiopata reumática mitral, de 23 anos, G2P2A0, sem queixas específicas durante a gestação, porém manifestando no 18º dia pós-parto um quadro de dispneia paroxística noturna, hipotensão, hipovolemia, edema em membros inferiores, caracterizando Hipertensão pulmonar severa e Estenose mitral moderada, com evolução e conduta realizados em um hospital de alta complexidade do Maranhão.

Delineamento/Métodos

Trata-se de um estudo descritivo do tipo Relato de caso, utilizando-se dados retrospectivos através de análise do prontuário hospitalar, registro fotográfico dos exames complementares realizados para diagnóstico e revisão de literatura para o relato.

Resultados

A paciente deu entrada no pronto atendimento, em estado grave, com severas alterações sistêmicas, evidenciadas aos exames clínico, laboratoriais e de imagem com: Hemoglobina: 5,9 g/dl, Hematócrito: 18,10%, Leucocitose de 23.800/mm3 com desvio a esquerda, Plaquetopenia de 113.000/mm3, AST: 812,00 u/l, ALT: 178,00 u/l, Creatinina: 2,5mg/dl, Uréia: 268,00 mg/dl e ao Ecocardiograma, evidenciada Fração de ejeção > 58%, além de estenose mitral moderada e hipertensão pulmonar severa. Foram realizados critérios iniciais de estabilização hemodinâmica na paciente, com uso de diuréticos, anti-hipertensivos, drogas vasoativas e hemotransfusão, sendo a paciente encaminhada para o centro de terapia intensiva do mesmo hospital por 5 dias, evoluindo com clinica favorável apesar da gravidade de estado. Após novos exames e avaliação, a paciente foi transferida para o setor da enfermaria por mais 5 dias até receber liberação hospitalar, sem comprometimentos de funções.

Conclusões/Considerações finais

Apesar da complexidade e do pouco conhecimento sobre a fisiopatologia associada à síndrome HELLP, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado ainda são os pilares no manejo terapêutico de sucesso neste grupo de paciente, sobretudo quando em conjunto a outras complicações, como a Miocardiopatia gestacional descompensada.

Área

Clínica Médica

Instituições

Uniceuma - Maranhão - Brasil

Autores

Tâmara Aroucha Matos, Hiago Sousa Bastos, Sarah Lucena Silva, Roseliny de Morais Martins Batista, Elida Lorena Leal Reis