14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Colangite Esclerosante em Portador de Paracoccidioidomicose: Relato de Caso

Fundamentação/Introdução

Paracoccidioidomicose (PCM) é a micose sistêmica de maior prevalência do Brasil. A PCM possui duas formas de apresentação típicas. A forma aguda ocorre por disseminação reticulo-endotelial e seu quadro clínico inclui sintomas constitucionais inflamatórios e disfunção de medula óssea. A forma crônica cursa frequentemente com acometimento pulmonar isolado. Colangite Esclerosante Primária (CEP) é uma condição de etiologia indefinida caracterizada por inflamação e fibrose de ductos biliares intra e extra-hepáticos, na ausência de fatores causais diretos.

Objetivos

Relatar um caso com associação entre duas condições incomuns no nosso meio.
Sugerir a possibilidade de associação entre ambas as condições

Delineamento/Métodos

Revisão de prontuário médico, exames laboratoriais e de exames de imagem.

Resultados

Descrição do Caso: Paciente de 21 anos, do sexo masculino referido à instituição com quadro de adenomegalia generalizada, astenia, febre, tosse, perda ponderal importante por 6 meses, evoluindo com colestase há 15 dias. Foi diagnosticado com Paracoccidioidomicose pelo exame histopatológico de linfonodo retroauricular e Colangite Esclerosante Primária por Colangiorressonância e CPRE. O tratamento da PCM foi realizado com Itraconazol com resposta satisfatória e regressão clínica e radiológica dos quadros de PCM e CEP.
Resultados/Discussão: A PCM é causadora de icterícia por diversos mecanismos bem descritos na literatura; no entanto, a coexistência de Colangite Esclerosante como fator de colestase nesses pacientes ainda não foi descrita. Com o tratamento da PCM houve regressão completa do quadro clínico e radiológico de Colangite Esclerosante, levando à suspeição de que ambas as condições pudessem estar relacionadas.

Conclusões/Considerações finais

A colestase em pacientes com PCM ocorre por diversos mecanismos fisiopatológicos bem descritos. Colangite Esclerosante ainda não foi descrita em pacientes com PCM apresentando colestase. A presença de Colangite Esclerosante ao momento do diagnóstico e a melhora do quadro após a regressão da PCM pode indicar possível associação entre ambas as doenças.

Palavras Chaves

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina de Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Felipe Medauar Reis de Andrade Moreira, Gabriella Tittone Machado de Araújo, Felipe Bittencourt de Almeida Pedrosa, Bruna Amado Ramos, Cláudia Correia Gorini