14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Abscesso Hepático Piogênico – Complicação de Infecções Abdominais.

Fundamentação/Introdução

O Abcesso Hepático Piogênico (AHP) é uma entidade pouco frequente, mas potencialmente fatal se não tratada. É causado pelo desenvolvimento de coleção purulenta intra-hepática secundária a infecção de bactérias no parênquima. Mais comumente o AHP se desenvolve como resultado de disseminação da infecção no fígado principalmente através da via biliar infectada ou devido a bacteremia através do fluxo sanguíneo portal. Os principais sintomas são dor abdominal, mais pronunciada no hipocôndrio direito, febre e hepatomegalia. A idade típica dos pacientes gira em torno de 50 - 70 anos. Os exames laboratoriais habitualmente revelam leucocitose, enzimas hepáticas normais ou levemente aumentadas. Exames de imagem têm alta sensibilidade na propedêutica diagnóstica.

Objetivos

Ressaltar a importância do diagnóstico e da abordagem precoce em pacientes com AHP evitando-se complicações e óbitos. Estabelecer esse diagnóstico diferencial em casos de febre de origem indeterminada e como complicação nos casos de infecções abdominais, principalmente a colecistite, uma vez que esta é uma doença comum em nosso meio.

Delineamento/Métodos

Paciente 83 anos foi atendido na emergência, com queixa de dor abdominal associada a constipação intestinal há aproximadamente 10 dias. Ao exame, o paciente apresentava abdome doloroso à palpação de hipocôndrio direito com sinal de Murphy positivo. Feito ultrassonografia de abdome total que evidenciou massa hipoecoica sugestiva de abscesso hepático. Realizado tomografia de abdome total que evidenciou colecistite aguda associado a formações abscedidas. Foi instituída antibioticoterapia com metronidazol e ceftriaxone por 31 dias e repetida a ultrassonografia de abdome total após 23 dias, que ainda evidenciou abscesso hepático porém com diminuição importante do mesmo. Foi avaliado pela equipe de cirurgia que não indicou a abordagem em primeiro momento.

Resultados

Relato de caso.

Conclusões/Considerações finais

O abscesso hepático piogênico tem evolução subaguda o que dificulta o diagnóstico. Portanto é importante a suspeição e a abordagem precoce. Deve sempre ser lembrado como diagnóstico diferencial em febres de origem indeterminada e complicações de processos infecciosos abdominais. A maioria dos casos deve ser tratada com drenagem percutânea, associada à antibioticoterapia. Pequenos abscessos podem ser tratados com sucesso apenas com antibióticos, porém abscessos grandes e múltiplos e aqueles que não respondem a drenagem percutânea podem demandar drenagem cirúrgica.

Palavras Chaves

abscesso hepático piogênico, colecistite, febre.

Área

Clínica Médica

Instituições

Santa Casa De Misericórdia de Barra Mansa - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Rafaella Pinto Ferraz, Laís Maurício Oliveira Almeida De Freitas, Sula Marie Louis Dos Santos, Nara Texeira Barbosa, Hugo Ricardo Amaral Da Silveira