14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Macroprolactinoma gigante e invasivo com pan-hipopituitarismo e diabetes insípidus associado

Fundamentação/Introdução

O aumento da prolactina no homem causa, de forma insidiosa, hipogonadismo com diminuição da libido e disfunção erétil, no entanto, a principal causa de procura ao médico é a alteração visual e o diagnóstico, geralmente, é tardio.

Objetivos

Relatar o caso de paciente que procurou atendimento por sintomas neurológicos e que recebeu diagnóstico de macroprolactinoma gigante e invasivo com pan-hipopituitarismo e diabetes insípidus.

Delineamento/Métodos

Relato de Caso

Resultados

Paciente masculino, 44 anos, encaminhado para avaliação após episódio de convulsão tônico-clônica generalizada. Paciente apresentando hemianopsia bitemporal e cefaleia holocraniana constante há 12 meses. Ressonância magnética (RM) mostrou lesão selar expansiva sólido-cística, de 7,2cm x 5,7cm, com extensão supra e parasselar, compressão dos lobos frontais e do quiasma óptico. Prolactina inicial de 200 ηg/dL (2,0-10), cortisol 8 pg/dL(5,4-25), testosterona total 0,2 ηg/dL(3,3-9), TSH 0,01 mUI/L (0,3-4,0), T4 livre 1,46 ηg/dL (0,7-1,5), FSH 1UI/L (menor que 10), sódio 146 mEq/L (135-145), EQU com densidade urinária 1004 (1005-1035). Estabelecido diagnóstico de macroprolactinoma invasivo com pan-hipopituitarismo e diabetes insípidus central associado. Submetido à cirurgia transesfenoidal para descompressão do quiasma óptico e iniciada terapia com cabergolina 0,5 mg semanal. RM três meses após a cirurgia mostrou persistência da expansão parasselar. Submetido à nova cirurgia por via transcraniana. Imunohistoquímica positiva apenas para prolactina. RM um ano após a segunda cirurgia sem sinais de compressão do quiasma óptico e com preservação das cisternas suprasselares, porém, com evidência de lesão remanescente. Exames de controle: LH 0,2U I/L(menor que 14), FSH 0,2UI/L, IGF1 152 ηg/dL(101-167), prolactina (sem diluição) 920,8 ηg/dL, T4 total 7,26 ηg/dL (6-12), testosterona total 328 ηg/dL (175-781), TSH 0,01 mUI/L, cortisol 1 pg/dL e SHBG 22 nmol/L (13-89). Manteve-se tratamento clínico com prednisona 7,5 mg/dia, cabergolina 5 mg 2x/semana, deposteron 1 ampola a cada 20 dias, DDAVP 1 jato 4x/dia, levotiroxina 112 mcg/dia.

Conclusões/Considerações finais

Os macroprolactinomas tipicamente respondem à terapia com agonista dopaminérgico. Porém, a cirurgia pode ser necessária como tratamento coadjuvante para normalização dos níveis de prolactina bem como para controle do volume tumoral.O seguimento desses pacientes através da dosagem hormonal é de suma importância para verificar o aparecimento de pan-hipopituitarismo e instituir a reposição hormonal adequada.

Palavras Chaves

macroprolactinoma, pan-hipopituitarismo, diabetes insípidus

Área

Clínica Médica

Autores

ISLAM MARUF AHMAD MARUF MAHMUD, Milene Moehlecke, Tiago Schuch, Paola Fonseca Minuzzi, Valquíria Hentschke