14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Suspendendo medicamentos: uma estratégia estruturada para reduzir iatrogenia medicamentosa em idosos

Fundamentação/Introdução

Os médicos enfrentam uma tarefa exigente quando prescrevem medicamentos. Embora medicamentos consigam prevenir, curar ou paliar, eles também podem ser desnecessários, ineficazes, nocivos e custosos. O termo "otimizar a prescrição" tem surgido para descrever mudanças na prescrição que refletem um aumento na adequação de medicações em uso. Nesse cenário, o termo deprescribing tem sido muito citado como um processo com um potencial para aliviar sofrimentos desnecessários relacionados a medicação.

Objetivos

O objetivo dessa revisão foi encontrar evidências que possam ser utilizadas como estratégias para reduzir iatrogenia medicamentosa em idosos.

Delineamento/Métodos

Para essa revisão de literatura, foram analisados os estudos publicados entre os anos de 1994 a 2016, incluindo artigos nos quais pelo menos uma das palavras-chaves estivessem presente e fossem liberados para acesso.

Resultados

Pacientes idosos com multimorbidades tem a tendência a usar um grande número de medicamentos, o que pode aumentar o risco de eventos adversos devido a alterações fisiológicas do envelhecimento. Otimizar a prescrição é fundamental para o objetivo da medicina geriátrica de “curar doenças”, eliminando ou reduzindo sintomas. O deprescribing surge nesse contexto, abrangendo o início da terapêutica, titulação da dose, alteração ou adição de medicamentos e de comutação ou encerramento, visando reduzir os resultados negativos associados com polifarmácia. Muitas abordagens têm sido testadas para melhorar os resultados de polimedicação em pessoas mais velhas. Estes incluem avaliações de medicamentos por médicos, farmacêuticos ou outros profissionais da saúde, desenvolvimento de diretrizes terapêuticas, auditorias sobre medicações com feedback ao prescritor.

Conclusões/Considerações finais

Ao se prescrever para a população geriátrica devemos avaliar sintomas, realizar o acompanhamento de efeitos indesejados, ajuste da dose e monitorização ao longo do tempo, bem como deprescribing quando indicado. A qualidade de vida do paciente, muitas vezes, tem sido negligenciada, uma vez que outros resultados são julgados mais importantes. Hoje, existem orientações para o tratamento de doenças individuais, mas há uma falta de diretrizes e metas para o tratamento de idosos com muitas doenças.

Área

Clínica Médica

Autores

THYESKA ZÓCOLI HONORATO, LIDIO DE ALMEIDA LACERDA NETO, MARCELO SANTOS