INTERVENÇÃO CLÍNICA EM PACIENTE COM CRISE DE ANEMIA FALCIFORME: RELATO DE CASO
Pacientes portadores de anemia falciforme podem apresentar quadro de crises as quais são complicações mais frequentes e constituem a primeira manifestação, decorrentes do dano tissular por isquemia secundária à obstrução do fluxo sanguíneo pelas hemácias falcizadas. A hipóxia local e acidose são consequências diretas da redução do fluxo sanguíneo, que podem exacerbar o processo de falcização aumentando o dano isquêmico. As mencionadas crises dolorosas duram, em média, de quatro a seis dias, podendo persistir por semanas. Fatores desencadeantes: hipóxia, infecção, febre, acidose, desidratação, exposição ao frio extremo, além de depressão e exaustão física em pacientes mais idosos. Localização mais usual: extremidades, abdômen e dorso. Dactilite é a manifestação mais comum em crianças. As manifestações músculo-esqueléticas podem ser simétricas ou não; podem ser migratórias com eventual presença de aumento de volume, febre, eritema e calor local impossibilitando de imediato o diagnóstico diferencial, em particular com osteomielite, artrite séptica, sinovite e febre reumática. A dor abdominal pode simular abdomen agudo cirúrgico ou infeccioso, ou processos ginecológicos. Em crianças as pneumonias de base podem cursar com dor abdominal.
Desenvolver a compreensão sobre a doença falciforme e relacionar o método de ocorrência genética para ocorrer prole assintomática ou portadora de traço ou doença falciforme.
Paciente submetido ao tratamento clínico, desde sua internação, acompanhamento investigativo do quadro clínico e acompanhamento até a liberação hospitalar.
A finalidade do trabalho neste tópico consiste na explanação completa da técnica clínica envolvendo o recurso clínico de tratamento de crises de dor em paciente com quadro clínico de dor devido ser portador de anemia falciforme.
Avaliar imediatamente pacientes com anemia falciforme. Considerar fatores de risco: febre maior que 38ºC, desidratação, palidez, vômitos recorrentes, aumento de volume articular, dor abdominal, sintomas pulmonares agudos, sintomas neurológicos, priapismo, processos álgicos que não se resolvem com analgésicos comuns. O tratamento consiste em eliminar os fatores precipitantes, garantir o repouso, assegurar uma boa hidratação (muitas vezes é necessário hidratação parenteral) e analgesia adequada.
Clínica Médica
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - Paraná - Brasil
JOSÉ WILLIAM VAVRUK