14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

14º Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 4º Congresso Internacional de Medicina de Urgência de Emergência

MINASCENTRO - Belo Horizonte /MG | 04 a 06 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE EM IDOSOS DURANTE INTERNAÇÃO HOSPITALAR EM ENFERMARIA DE CLÍNICA MÉDICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ

Fundamentação/Introdução

A pirâmide etária brasileira está sendo reestruturada nos últimos 20 anos. Os idosos somam 23,5 milhões de brasileiros, ocorrendo um aumento de 7,6%, segundo o Pnad (2011).
A expectativa de vida, que era em torno de 33,7 anos em 1950/1955, passou para 50,99 em 1990, chegou até 66,25 em 1995 e deverá alcançar 77,08 em 2020/2025, segundo o IBGE.

Objetivos

Comparar o número de comorbidades, a funcionalidade durante e após a internação e os parâmetros hematológicos em pacientes com e sem ocorrência de óbito e testar a possível associação entre a idade do paciente e o número de comorbidades.

Delineamento/Métodos

Foi realizado estudo retrospectivo onde foram avaliados pacientes a partir de 60 anos que estiveram internados na enfermaria de Clínica Médica do Hospital Universitário de Taubaté no período de Dezembro de 2016 a Fevereiro de 2017.
Quanto às análises, o número de comorbidades, a funcionalidade na internação e os parâmetros hematológicos em pacientes com óbito (N=6) e sem ocorrência de óbito (N=36) foram comparados pelo teste de Mann-Whitney. A associação entre a idade do paciente e o número de comorbidades foi testada por regressão linear simples. Para avaliar se a funcionalidade melhorou após a internação utilizamos o teste de sinais.

Resultados

O número de comorbidades foi maior para hipertensão e diabetes tanto para homens como mulheres. Contudo, a insuficiência renal crônica foi maior em homens.
O número de comorbidades e o nível de funcionalidade na internação foram iguais em pacientes com e sem a ocorrência de óbitos. Além disso, a funcionalidade após a internação não apresentou tendência a aumentar (r=13; P=0,26)
Os parâmetros hematológicos não foram diferentes entre pacientes com e sem a ocorrência de óbitos, mas observamos uma tendência de menor nível de creatinina em pacientes que chegaram a óbito.
Por fim, não registramos uma associação entre o número de comorbidades e a idade dos pacientes.

Conclusões/Considerações finais

A hipertensão e a diabetes foram as doenças mais frequentes no pacientes internados. Não ocorreu melhoria na funcionalidade após a internação. Não detectamos diferenças nos pacientes com e sem ocorrência de óbito e provavelmente devido ao baixo número de óbitos durante o estudo.

Palavras Chaves

Idosos; Mortalidade; Funcionalidade; Expectativa de vida.

Área

Clínica Médica

Autores

Camila Joice Liborio Barbosa, Natalia Magno Araújo Ferreira