EPIDEMIOLOGIA DA HEPATITE A NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM NOS ANOS DE 2010 A 2015
INTRODUÇÃO: A hepatite A trata-se da infecção causada por um vírus RNA classificado como sendo da família Picornavirus, transmitida por via fecal-oral e que atinge mais frequentemente crianças e adolescentes.
OBJETIVO: Esse trabalho objetivou identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com hepatite A no Município de Santarém nos anos de 2010 a 2015, além de elencar o sexo mais acometido pela doença; zona de residência, evolução clínica e faixa etária com maior prevalência.
MÉTODOS: Realizou-se uma pesquisa documental a partir do banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) sobre hepatite A no período de 2010 a 2015.
RESULTADOS: De 2010 a 2015 houve um registro de um total de 437 casos de Hepatite A no município de Santarém. A hepatite A aguda foi predominante em todos os anos em 98,86% dos casos (432). Mendes (2006), por sua vez, afirma que a hepatite A não cronifica, logo, uma possível explicação para isso é que pode ter sido registrado como hepatite A crônica, hepatites de origem medicamentosa ou que, ainda, possam ter acontecido casos incomuns de hepatites auto-imunes, que ocorrem por defeitos nos linfócitos T supressores, ao contato com o vírus A, desenvolvendo hepatite crônica (FERREIRA, SILVEIRA, 1997). Os dados de zona de residência indicaram que o maior percentual de afetados foi o de população que reside em zona urbana (65,9%). Com relação ao sexo dos pesquisados, 242 casos em indivíduos do sexo masculino, correspondendo a 55% do total, para 195 sexo feminino (45%). Nota-se que há pouca diferença de ocorrência de casos entre os sexos, o que é condizente com os dados apresentados no Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais (BRASIL, 2015). A maioria dos casos, 65,9% (288) se concentra na faixa etária de 5 a 19 anos.
CONCLUSÃO: A hepatite A representa um problema de saúde pública em Santarém, devido ao seu crescimento urbano mal planejado que leva a população habitar em moradias insalubres favorecendo, assim, a transmissibilidade de doenças. Diante da realidade santarena este trabalho apresentou dados a fim de que possam surgir estratégias para um controle efetivo com base na prevenção da referida patologia.
Palavras-chave: hepatite, Santarém, epidemiologia.
Clínica Médica
Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil
Geórgia Silvestri Traesel, Lailla Bianca Albarado Vinholte, Maria Socorro Silva Mota, Francileno Sousa Rêgo, Vanessa Farias Ribeiro